Com a reeleição garantida nas urnas, Roberto Requião (PMDB) já começa a pensar na sua próxima equipe de governo. Entre os atuais secretários, alguns já estariam com seus cargos rifados. Entre eles, Luiz Fernando Delazari, de Segurança; Cláudio Xavier, da Saúde; e Luiz Caron, de Obras Públicas. Delazari tem de sair, por determinação do Conselho Superior do Ministério Público. Ele é promotor de Justiça e não poderá mais exercer cargo no Executivo. Xavier e Caron foram coordenadores desta campanha, mas duramente criticados por Requião.
Vaga certa no próximo governo terão os irmãos Eduardo e Maurício Requião. Este último é considerado pelo governador reeleito "o melhor secretário de Educação do país". O assessor de imprensa e responsável pelos programas de televisão do PMDB na campanha eleitoral, José Benedito Pires Trindade, também tem seu lugar assegurado. É a mente publicitária de Requião.
Outro garantido no governo é o atual presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), que está como governador em exercício e assim deve permanecer até o dia 31 de dezembro. Ele está cotado para ser chefe da Casa Civil ou secretário do Desenvolvimento Urbano. "O Hermas vai ser o que quiser no governo. É afável e amigo. Por isso, foi escolhido para ser o vice anteriormernte", disse o líder do PMDB no Legislativo, Antônio Anibelli.
Com moral junto ao governador está ainda o ex-diretor-geral do Detran, Marcelo Almeida. Primeiro suplente de deputado federal do PMDB, Almeida ou assumirá uma vaga na Câmara Federal, se Reinhold Stephanes for chamado para a Secretaria de Planejamento o que deve acontecer ou ficará como secretário de Segurança, seu grande sonho.
Vanderlei Iensen, que não se elegeu deputado estadual e foi chefe de gabinete de Requião, provavelmente ganhará um bom lugar nesta administração. Assim como Rafael Greca, que está bem cotado para a Secretaria de Cultura. Mais um nome forte para o secretariado de 2007 a 2010 é o de Fábio Campana. A Comunicação Social pode ser destinada a ele.
O ex-diretor do Procon, Algaci Túlio, e o ex-presidente da Paraná Esportes, Ricardo Gomyde, também devem ser premiados pelo governador. Foram fortes cabos eleitorais e não se elegeram aos cargos que disputaram, de deputados estadual e federal.
Já o vice-governador Orlando Pessuti é uma incógnita para os parlamentares que compõem a base do governo. A Casa Civil é local que lhe interessa. Resta saber se Hermas não vai querer a vaga. Já a Secretaria de Agricultura, cargo que ocupou nos últimos anos, está indefinida. Muitos não gostaram da maneira como Pessuti a conduziu, principalmente no caso da febre aftosa. Rasca Rodrigues deve permanecer à frente do Meio Ambiente. Seu antecessor, Luiz Eduardo Cheida, elegeu-se deputado estadual.
A candidata ao Senado pelo PT, Gleisi Hoffmann, ganhou muita força com Requião ao apoiá-lo. Ela pode ser a nova secretária de Planejamento. Resta saber o que será feito com Maria Marta Lunardon, que atualmente comanda a pasta. O deputado estadual Natálio Stica, que foi líder do governo na Assembléia Legislativa e não se reelegeu, também pode ganhar um bom cargo no estado.