O clima pacífico de uma instituição religiosa no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, foi interrompido na manhã desta terça-feira (3) por cinco assaltantes que invadiram, armados, a Congregação Arautos do Evangelho (da Igreja Católica), que fica na Rua Fredolin Wolf. Dois membros da congregação teriam sido agredidos pelos marginais durante a ação.
Os assaltantes - um deles armado com uma escopeta - entraram, por volta das 6h30, pelos fundos do estabelecimento e logo fizeram os presentes reféns, que tiveram de se ajoelhar no chão. Violentos, os bandidos exigiram que as vítimas mostrassem onde estavam objetos de valor. Os religiosos, porém, teriam dito que não havia nada valioso no local, o que deixou os criminosos nervosos.
Dois membros da congregação foram espancados. Um deles, o Superior da instituição, responsável pela congregação, levou chutes e pontapés na cabeça e recebeu atendimento médico no local. Segundo informações de outro religioso, que não quis se identificar, o responsável pelo local ainda está bastante machucado, mas se recupera bem das agressões.
Anteriormente, a reportagem informou que os bandidos teriam fugido após saberem que havia crianças no local, conforme informações da Polícia Militar. Porém, segundo o religioso, que não quis se identificar, no local não há crianças. A Congregação seria um seminário, onde somente adultos estavam no momento do crime. No entanto, segundo um outro membro dos Arautos, que é porteiro no local, havia algumas crianças, mas elas não presenciaram a ação dos bandidos, pois estavam em outro andar.
Ainda não se sabe que veículos a quadrilha usou na fuga.
Descalço
Durante o assalto, uma das vítimas conseguiu escapar pulando o muro da congregação e se desvencilhou de um marginal que o puxava pela blusa. Com um pé descalço, ele subiu correndo a rua até chegar a um posto de combustíveis a cerca de 600 metros, onde pediu socorro a funcionários, que acionaram a PM. Uma frentista contou que se assustou ao ver o rapaz correndo em direção ao posto.
"Pensei que fosse um assalto, mas ele chegou pedindo que chamasse a polícia e se mostrava bastante preocupado com as crianças. Dizia: 'as minhas crianças'", contou a funcionária.
A polícia chegou ao local e continuou fazendo buscas pela região durante toda a manhã na tentativa de encontrar os bandidos. O caso segue para a Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.
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