Uma quadrilha de assaltantes fortemente armados invadiu Ortigueira, na região Central do Paraná, na madrugada desta sexta-feira (31). Eles explodiram duas agências bancárias – do Sicredi e do Bradesco – e danificaram a do Itaú. Rajadas de tiros a esmo foram disparadas. A grande quantidade de explosivos usada fez muitas casas tremeram e boa parte da população, aterrorizada, não conseguiu mais dormir. As agências ficaram completamente destruídas. Na cidade, de 23 mil habitantes, não se fala em outro assunto. É a quarta vez, em menos de um ano, que agências bancárias são assaltadas.
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Leia a matéria completaEdivaldo Barbosa, dono da Lanchonete do Gordo, foi rendido quando chegava em casa por volta de meia-noite. Ele e a esposa foram amarrados. Os bandidos levaram a caminhonete S10 que também foi usada no assalto e até o final da manhã não havia sido localizada. Moradores disseram ter visto vários assaltantes em pé na “caçamba” do veículo, encapuzados e armados.
O mecânico Itamar Neiva mora em frente ao Sicredi e conta que a família toda se assustou com o estrondo. Ele ficou preocupado com a vizinha, que mora em cima do banco, mas relata que nada, além do susto, aconteceu. O carro de um cliente, estacionado em frente à mecânica, ficou danificado. Itamar acredita que foram tiros, mas a polícia suspeita que os amassados e os furos na lataria sejam de estilhaços da explosão.
Os bancos ficam a oito quadras de distância e o tempo entre uma explosão e outra não chegou a 10 minutos. Uma farmácia também teve a vitrine quebrada e produtos, como perfumes e uma cesta que seria sorteada no dia dos pais, foram levados. Algumas fachadas, como a de uma imobiliária, estão com marcas de tiro. No momento do assalto, muitos estudantes chegavam em casa vindos de universidades da região.
O delegado Rafael Souza Pinto acredita que 22 pessoas participaram da ação. Elas estavam em, ao menos, três veículos. Alguns moradores relataram ter visto uma viatura falsa circulando na cidade. Os assaltantes tentaram intimidar os policiais – foram até o destacamento da PM e deram tiros para o alto. O efetivo seguiu a recomendação de não se expor e esperar a chegada de reforço. Apenas quatro policiais estavam na cidade – dois militares e dois civis.
Os assaltantes levaram pouco dinheiro – o valor total ainda não divulgado – porque chegaram um dia antes de as agências serem abastecidas para o pagamento de salário das centenas de funcionários que trabalham na construção da fábrica da Klabin. Na cidade, só restou intacto um posto do Banco do Brasil. Até o fim da manhã, ninguém havia sido preso.
Borrazópolis
Se em Ortigueira o crime pode não ter rendido o esperado pelos assaltantes, o mesmo não se pode dizer do que ocorreu Borrazópolis. No último dia 14, sete assaltantes encapuzados fizeram 45 reféns em dois roubos simultâneos.
As agências do Banco do Brasil e do Sicredi da cidade– que ficam uma ao lado da outra - foram atacadas em plena luz do dia. O valor levado não foi divulgado. Mas, no mesmo dia, corria a informação de que a quantia subtraída era grande. Para entrar nas agências, a quadrilha deu tiros de fuzil nas portas de vidro. Na saída, fizeram reféns de escudo humano e chegaram a levar um deles no capô de um carro.
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