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Assaltos a caixas sobem 90% no Paraná em 2014

Na foto, uma explosão ocorrida em uma agência do Banco do Brasil, em Piraquara, em 21 de outubro. Ataques estão mais violentos | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Na foto, uma explosão ocorrida em uma agência do Banco do Brasil, em Piraquara, em 21 de outubro. Ataques estão mais violentos (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Os assaltos a caixas eletrônicos aumentaram 90,38% em 2014 no Paraná. O dado foi revelado ontem pelo secretário da Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, após reunião com representantes de todos os bancos que trabalham no estado, policiais federais, civis, militares, Exército e fabricantes de bombas de emulsão, usadas pelos criminosos durante os roubos. De janeiro deste ano para cá, foram 198 assaltos a caixas, enquanto, no mesmo período do ano passado, foram registrados 104.

Após a reunião, Francischini anunciou um pacote de medidas emergenciais para tentar conter a onda diária de explosões a caixas eletrônicos. O estado agora vai concentrar todas investigações em uma força tarefa coordenada pelo Centro de Operações policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, em Curitiba. "Tem delegacia pequena no interior investigando a mesma quadrilha [que outras unidades]. Já falei que quero todo mundo preso até janeiro", disse o secretário.

Medidas

A partir da madrugada de hoje, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da PM, e o Cope, patrulharão diversos pontos que seriam possíveis alvos das quadrilhas que roubam os caixas. Outra medida anunciada é o reforço da segurança pelos bancos.

Em alguns casos, segundo o secretário, já há resultados positivos, como uso de sirenes, fumaça e caixas violados. A principal medida dos bancos, no entanto, é do Banco do Brasil, que tem esvaziado os caixas eletrônicos às 17 horas. Sobre esse aspecto, os policiais também farão a escolta das empresas de transporte de valores quando essas retiradas forem feitas. "Pedimos que os bancos e as fábricas de explosivos aumentem a segurança". Francischini disse que há falhas graves na rastreabilidade dos explosivos."Não se sabe quem compra. É impossível detectar".

A reportagem, no entanto, obteve uma informação que essas bombas de emulsão têm sido traficadas via Paraguai, pela fronteira paranaense.O secretário confirmou a prática, mas revelou que são produtos fabricados no Brasil que têm retornado ilegalmente ao país.

Outros estados

A polícia ainda investiga a possibilidade de quadrilhas de outros estados, como Santa Catarina e São Paulo, estarem aumentando o volume de assaltos a caixas eletrônicos no Paraná. De acordo com Francischini, várias já foram identificadas. Sobre a participação de policiais paranaenses nestes crimes, o secretário se comprometeu a aumentar a fiscalização interna. "É prisão e expulsão."

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