A VIDA e a MORTE de OSÍRIS...
De Maria Zélia del Corso, na missa de um mês de falecimento
Osíris era um filho que muito amamos, era simples, alegre, idealista, tinha um bom caráter e principalmente um bom coração. Víamos nele um futuro brilhante, tinha uma boa bagagem cultural e excelentes e valorosos amigos, que foi conquistando por onde passava.
O Ministério Público do Paraná protocolou ontem denúncia contra o auxiliar de serviços gerais Juarez Ferreira Pinto, de 42 anos, apontado pela polícia como autor do crime no Morro do Boi. Ele é acusado de ter matado o estudante Osíris Del Corso, 22, e baleado e molestado a namorada do rapaz, Monik Pergorari de Lima, no dia 31 de janeiro, na praia de Caiobá, em Matinhos.
A Promotoria de Justiça de Matinhos denunciou Juarez por latrocínio (roubo seguido de morte), roubo seguido de lesão corporal grave, atentado violento ao pudor e por perigo de contágio de moléstia grave. A promotora de Justiça Carolina Dias Aidar de Oliveira concordou com o requerimento do delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura que presidiu o inquérito e pediu que a prisão temporária do acusado seja convertida em preventiva.
A denúncia relata que o suspeito teria abordado Osíris e Monik no fim da tarde, quando o casal percorria uma trilha na região. Ele teria ameaçado os dois com arma de fogo e levado o casal até uma gruta, onde teria exigido dinheiro. Diante da negativa das vítimas, o denunciado teria mandado que eles tirassem os shorts que vestiam e lhe entregassem.
No bolso do calção de Monik havia cerca de R$ 90 que teriam sido levados pelo acusado. Ainda sob a mira da arma, o denunciado teria ordenado que as vítimas entregassem o restante das vestimentas, momento em Osíris teria esboçado reação, que teria motivado vários tiros disparado pelo acusado. O estudante foi baleado no peito e a jovem nas costas.
À noite, o denunciado teria voltado ao local do crime e molestado Monik, passando a mão em sua região genital, o que poderia ter resultado na transmissão à vítima do vírus da hepatite C, moléstia grave da qual sofre o denunciado.
Segundo a promotora, os indícios existentes já são suficientes para embasar o início de ação penal. "A vítima não teria motivo para fazer falso reconhecimento do acusado. Além disso, nenhuma informação trazida no inquérito nos convenceu de que o denunciado possa ser inocente. Todos os detalhes, no entanto, deverão ser discutidos ao longo do processo, no qual o acusado terá todas as ferramentas legais para se defender", afirma Carolina.
Prisão
Juarez foi preso no dia 17 de fevereiro, em um sobrado, no balneário de Santa Terezinha, em Pontal do Paraná. Na semana anterior, a polícia chegou a ouvi-lo na delegacia de Matinhos. Nessa ocasião, Juarez ainda foi fotografado e filmado para ser mostrado à vítima, que o reconheceu. "Ele negou participação e disse que sequer conhecia o local em que o crime foi cometido", disse Cartaxo.
O resultado do exame de DNA feito pelo Instituto de Criminalística comparando o sangue do preso com as manchas encontradas em uma camiseta deu negativo. O delegado disse que o resultado já era esperado. "Num primeiro momento, a jovem ainda muito abalada achou que pudesse ser a camiseta [do acusado], mas depois, mais calma e recuperada parcialmente do choque, não a reconheceu", contou.
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