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rio de janeiro

Assassino de cinegrafista pode estar entre os mortos e presos

A Polícia Civil do Rio acredita que o assassino do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, morto com um tiro no peito no domingo (6) pela manhã, pode estar entre os presos e mortos durante a operação na Favela de Antares, na zona oeste da cidade.

Nesta segunda-feira (7), a PM prendeu mais um suspeito, detido com um comparsa quando deixava a favela em uma moto. Com eles, a PM encontrou uma pistola .40 e 400 papelotes de cocaína. Os presos foram identificados como Marcio dos Santos Cruz, o Longa, de 23 anos e Clayton da Silva Ignácio, de 20.

Projétil

O tiro que atingiu Gelson atravessou seu corpo e o projétil não foi recolhido pela perícia. Como não será possível o confronto de balística, os peritos da Divisão de Homicídios (DH) trabalham na ampliação das últimas imagens registradas pelo cinegrafista e no cruzamento de informações dos depoimentos das testemunhas para produzir prova contra o autor do disparo.

O repórter Ernani Alves, da Bandeirantes, que acompanhava o cinegrafista, afirmou nesta segunda no enterro do colega que a DH já identificou o assassino. No entanto, em depoimento à polícia, Alves não identificou o atirador entre os nove presos e quatro traficantes mortos no domingo. Segundo o repórter, os atiradores eram um homem negro de camisa vermelha e um rapaz pardo, com camisa branca e os cabelos pintados de loiro.

"Nenhuma possibilidade está descartada. Todas as investigações estão voltadas para apurar quem foi o autor dos disparos", disse o delegado titular da DH, Felipe Ettore. Os investigadores acreditam que o atirador possui algum tipo de treinamento militar, pois os tiros foram certeiros. O primeiro disparo atingiu uma árvore pouco acima da cabeça do cabo da PM que era seguido pelo cinegrafista. O segundo tiro passou à direita do policial e acertou o peito de Gelson.

Antecedentes

Entre os quatro mortos na operação, apenas Jorge Ricardo dos Santos, de 22 anos, não possuía antecedentes criminais. Os demais já responderam a crimes como tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Entre os oito presos, quatro possuem antecedentes criminais.

O corpo de Gelson Domingos foi sepultado nesta segunda, às 14h30. Cerca de 250 pessoas, entre parentes, amigos e colegas, acompanharam a o enterro no Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio. "Ele morreu cumprindo sua missão. É um herói", disse Ricardo Domingos, irmão de Gelson.

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