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Assassino do cartunista Glauco é encontrado morto em prisão de Goiás

 | Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
(Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo)

Assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas, em 2010, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (4) no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO). Ele teria se envolvido em uma briga com outro preso.

Cadu foi condenado em agosto do ano passado a 61 anos e 6 meses de prisão, inicialmente em regime fechado, pelos crimes de receptação, porte de arma de fogo e dois latrocínios cometidos em Goiânia, que vitimaram o estudante Matheus Pinheiro de Morais e o agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes d’Abadia.

Além de Glauco, Cadu também confessou ter matado em 2010 Raoni, filho do cartunista. Eles foram mortos em março daquele ano, em Osasco (SP).

Briga

A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSAP) de Goiás confirmou que a briga aconteceu durante o banho de sol no pátio do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia. O suspeito de matar Cadu é o preso identificado como Nilson Ferreira de Almeida.

Segundo nota da SSAP, agentes penitenciários de plantão perceberam a briga mas não conseguiram evitar a morte de Cadu. Ele foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a equipe apenas constatou o óbito.

O caso está sendo investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia. Segundo a nota, o interno Nilson Ferreira se apresentou à direção e confessou a autoria. Disse ter usado uma arma artesanal para se defender durante a briga que, segundo o suposto autor, teria sido iniciada pela vítima. Será instaurada sindicância.

A reportagem não conseguiu localizar a família do pai do rapaz, que reside em Goiânia. Estudante de Psicologia pouco antes de ser preso, Cadu - portador de esquizofrenia - estava detido no Núcleo de Custódia desde setembro de 2014. O local foi escolhido justamente para mantê-lo longe de outros presos, que representavam ameaça por causa da periculosidade dele.

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