A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), criada para investigar as denúncias de violações na Faculdade de Medicina da USP e demais universidades paulistas, foi instalada nesta quarta-feira (17) na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) com a escolha do deputado Adriano Diogo (PT) - que propôs sua criação - para a presidência da comissão. As informações são da Agência Brasil.
Para a vice-presidência da CPI foi escolhida a deputada Sarah Munhoz (PCdoB), e a relatoria ficou com o deputado Ulysses Tassinari (PV).
A CPI da USP, como é conhecida, deveria ter sido instalada terça (16), o que não ocorreu por falta de quórum. Apenas quatro dos nove deputados que compõem a CPI estiveram na sessão de ontem, quando o mínimo necessário são cinco. Por isso, a instalação foi remarcada para esta quarta, e teve a participação de oito dos nove deputados membros.
Estiveram presentes os deputados Adriano Diogo (PT), Marco Aurélio (PT), Sarah Munhoz (PCdoB), Carlos Giannazi (PSOL), Ulysses Tassinari (PV), Bruno Covas (PSDB), Jorge Caruso (PMDB) e Carlos Bezerra Jr. (PSDB). O único deputado ausente foi José Bittencourt (PSD).
Durante a primeira reunião da CPI, os deputados votaram alguns requerimentos como, por exemplo, os nomes das pessoas que serão convocadas para prestar depoimentos. Entre elas, o diretor da Faculdade de Medicina da USP Jose Otavio Costa Auler Junior.
Por aprovação dos deputados, a única pessoa que não será convocada, mas convidada a prestar depoimento, é o reitor da USP Marco Antonio Zago, o que retira a obrigatoriedade de participação na sessão - sua ida é opcional.
Os deputados decidiram que os trabalhos da CPI devem prosseguir mesmo durante o recesso legislativo e que todos os reitores de universidades de São Paulo sejam comunicados sobre a instalação da CPI, e eles devem comunicar à comissão todos os casos de violações e abusos ocorridos nas faculdades ou universidades.
Uma dificuldade desta CPI é que apenas três dos nove deputados (Carlos Bezerra Jr, Jorge Caruso e Carlos Giannazi) foram reeleitos para a próxima legislatura da Alesp. Os deputados que não continuarão na Casa, em 2015, no entanto, vão participar da comissão até março. Como o prazo de duração da CPI é de 120 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 dias, depois de março os líderes dos partidos indicarão novos nomes.