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Educação

Assembleia da APP-Sindicato nesta segunda decide destino da greve dos professores

Resultado da última assembleia, no dia 22, mostrou a categoria dividida. | Katia Brembatti/
Resultado da última assembleia, no dia 22, mostrou a categoria dividida. (Foto: Katia Brembatti/)

Os professores da rede estadual de ensino se reúnem na manhã desta segunda-feira (31), na ExpoUnimed, em Curitiba, em assembleia para decidirem se seguem ou não em greve, iniciada no dia 17 de outubro. A direção da APP-Sindicato recomenda o fim da paralisação – condição estabelecida pelo governo para retomar a negociação salarial com a categoria. A primeira convocação da assembleia será às 8h30 e a segunda às 9h.

Enquanto os professores deliberam sobre a greve, alunos começam a sair das escolas ocupadas. Entretanto, agora eles ocupam o Núcleo Regional de Educação de Curitiba.

O presidente da APP-Sindicato, Hermes Silva Leão,acredita que a assembleia possa encaminhar a volta dos professores às salas de aula. “A assembleia é sempre soberana, mas acreditamos que a negociação se encaminha para o fim da greve. A violência sobre as escolas ocupadas impactou muito os professores”, diz.

Um dos principais pontos de discussão na reunião da App-Sindicato deve ser o desconto dos dias parados. O governo já anunciou, com base em decisão judicial, que pretende lançar as faltas, resultando em corte nos salários. “Nós vemos como um método intimidatório. O Ministério Público se propôs a medir essa discussão”, afirma Leão.

Uma das pautas do comando de greve é colocar a data-base como uma dívida do governo, o que teria acontecido em uma reunião sindical com a administração estadual quarta-feira (26).

A assembleia do dia 22 mostrou que a categoria está dividida. Na contagem dos votos, foram 724 favoráveis à manutenção e 719 pelo fim da paralisação. Encerrar a greve foi a condição apresentada pelo governo estadual para retomar a negociação com a categoria e para retirar a emenda ao projeto de lei que adiaria o reajuste do funcionalismo, previsto para janeiro.

Apesar de ter acordado que pagaria a reposição inflacionária, acrescida de 1%, no início de 2017, para encerrar a paralisação de 2015, o governo temia não ter dinheiro em caixa para honrar o compromisso e queria adiar o reajuste. Por outro lado, a APP-Sindicato estabeleceu que só aceitava negociar se a emenda ao projeto de lei fosse retirada pelo governo.

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