A maneira como estão sendo conduzidas as assembléias para discutir a greve no Centro Federal de Ensino Tecnológico (Cefet) do Paraná está gerando polêmica na instituição. Os alunos reclamam que estão impedidos de acompanhar as próximas reuniões e acusam o Sindicato dos Docentes do Cefet, o Sindocefet, de tentar vencer pelo cansaço, forçando o início da paralisação da categoria no estado.
Segundo o depoimento de um aluno que prefere não ser identificado, na última assembléia realizada na quarta-feira, o sindicato teria deixado claro que realizaria assembléias até que a deflagração da greve fosse aprovada pelos professores. "As assembléias geralmente demoram horas até que a maioria dos funcionários se retirem e fiquem apenas uns poucos que são favoráveis à greve", disse o estudante.
A assembléia realizada na quarta-feira foi convocada para discutir a greve, marcada para ocorrer no dia 3 de outubro. Os professores votaram contra a paralisação, mas decidiram manter o indicativo de greve, segundo informou a presidente do Sindocefet, Nanci Stancki. De acordo com a presidente não há uma pressão por parte do sindicato para que haja a aprovação da deflagração da greve. "Talvez os alunos não tenham entendido direito. Todas as decisões são aprovadas em assembléia."
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