Brasília (Folhapress) O assessor do ministro Antônio Palocci (Fazenda), Ademirson Ariovaldo, deve voltar a depor à CPI dos Bingos. O presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB), afirmou que há integrantes da CPI que devem apresentar nas próximas semanas requerimentos para uma nova convocação.
A quebra do sigilo telefônico do assessor de Palocci mostrou intensa troca de ligações do celular com ex-assessores de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, como Rogério Buratti, Vladimir Poleto e Ralf Barquete, todos investigados no caso da renovação conturbada do contrato entre a Caixa Econômica Federal e a GTech, empresa de tecnologia que controla os sistemas de loteria.
Novas análises dos dados telefônicos, publicadas pelo "Correio Braziliense", mostraram ligações ainda não investigadas pela comissão entre Ademirson e o ex-executivo do grupo Leão Leão Marcelo Franzine, investigado pelo Ministério Público por fraudes em licitações.
A empresa teria pago, entre 2001 e 2002, propina à prefeitura de Ribeirão Preto (SP), ainda na administração Palocci. O dinheiro teria como destinação o caixa dois do PT.
Ademirson teria trocado telefonemas ainda com Roberto Carlos Kurzweil, dono do carro supostamente usado para transportar dólares de Cuba.