Ao final de uma reunião que durou toda a manhã desta terça-feira (10), os sindicatos representantes dos professores e funcionários das sete universidades estaduais do Paraná e o líder do governo na Assembleia Legislativa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), firmaram um termo de compromisso que abre caminho para o fim da greve. A definição sobre o término da paralisação caberá às assembleias a serem realizadas em cada uma das sete instituições.
Conforme o documento, o governo se compromete a pagar o terço de férias em parcela única até o fim de março aos professores e demais servidores e coloca em compasso de espera o projeto de autonomia universitária e de unificação dos planos previdenciários estaduais.
“O encontro foi altamente positivo, de altíssimo nível, e nossa expectativa é que as aulas voltem o quanto antes nas universidades estaduais”, disse Romanelli. “Resta esperar pelas decisões soberanas das assembleias, mas estamos confiantes.”
Com isso, o projeto de criação de um grupo de estudos para a regulamentação da autonomia universitária seria revogado ainda na terça-feira pelo governador Beto Richa (PSDB). A Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) se pronunciou sobre a autonomia universitária por meio de uma nota publicada nesta segunda-feira (9) em seu site.
“Todos concordam que este não é o melhor momento para realizar essa discussão que, por sua complexidade demanda que seja feita em momento mais favorável tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista político. O assunto requer maiores discussões no âmbito de cada instituição, com maior vagar e em período de normalidade das atividades universitárias”, diz a nota da Apiesp.
No entanto, para João Carlos Gomes, secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, as portas para esta discussão ficarão abertas. “O governo se comprometeu a voltar a atender a essa demanda quando as universidades quiserem”, disse.
Outro ponto discutido no encontro foi a unificação da Paranaprevidência com o Fundo Previdenciário do estado. Segundo o termo de compromisso, nenhuma mudança será promovida antes de ser amplamente debatida com a participação dos sindicatos de professores e mistos (funcionários e professores) das universidades estaduais, representantes dos poderes Judiciário, Legislativo, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público e com o Fórum de Entidades Sindicais de Servidores Públicos do Paraná.
Volta às aulas
Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), docentes e servidores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), em assembleia nesta segunda-feira, decidiram retornar ao trabalho. Ainda não há, entretanto, previsão do retorno das aulas na instituição.
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