Representando 186 empresas, o presidente da Associação Industrial e Comercial de Fogos de Artifícios do Paraná, Rodolpho Aymoré Junior, argumentou que o projeto de lei que quer proibir o uso dos explosivos em prol da causa animal é “eleitoreiro, sem peso e sem medida”.
A proposta de por um fim à queima de fogos, para evitar danos e perturbações aos animais, foi apresentada pela vereadora Fabiane Rosa (PSDC), empossada no domingo (1°.). Pelo projeto, ficariam banidos quaisquer tipos fogos e artefatos pirotécnicos.
De acordo com Aymoré, a lei que normatiza a venda e uso de fogos de artifícios (decreto R105 do Ministério do Exército) é de ordem federal e nenhuma lei municipal pode derrubá-la. “É inconstitucional”, pondera. O sindicalista acredita que o projeto não chegará a passar pela comissão de legislação da Câmara.
Repercussão positiva
A argumentação para o projeto apresentado pela vereadora foca no barulho. Fabiane Rosa avalia que os fogos de artifício podem levar os animais a quadros de ansiedade, tremores, taquicardia, latido e choro excessivo e até mesmo à morte em casos extremos.
“Ouvi xingamentos, mas a repercussão ainda é positiva”, comentou, em entrevista, a parlamentar. “Esse assunto precisava vir à tona agora, perto da experiência do ano-novo, pois nunca vi tantos cachorros perdidos, machucados. Por isso o protocolo no primeiro dia do mandato”, acrescentou.
Cresce o número de queimados por fogos
Os números atestam. Segundo levantamento do Hospital Evangélico (HE), somente neste final de ano, pelo menos 30 pessoas deram entrada no hospital com quadro de queimaduras, sendo vinte delas provocadas pelo artefato. O número é mais de 600% a mais do que o registrado no ano passado, quando apenas três pessoas deram entrada por queimadura por fogos de artifício no hospital.
De acordo com a médica Adriane Botelho, do HE, apesar do número alto, nenhum dos pacientes atingidos por fogos precisou ser internado.
A médica alerta que o uso dos fogos de artifício sem o devido conhecimento pode causar até a amputação de membros. “Tem que tomar muito cuidado, porque é muito perigoso. A queimadura pode ser leve, mas também pode ser algo que a pessoa vai levar para a vida toda”.
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