O presidente da Associação de Moradores e Amigos do Parque Barigüi (AMAParque), Ari Becker, diz que já foi planejado impedir totalmente o acesso à Rua Dr. Aluízio França aos domingos. "No fim do ano passado, estávamos acertando com a prefeitura para fechar com corrente todas as ruas aos domingos e impedir realmente a entrada do pessoal porque hoje o problema da Diretran é que, para manter fechado, tem de manter um efetivo grande", afirma.
Segundo Becker, seriam colocados pontaletes - palanques de eucalipto - e uma corrente iria atravesar as colunas. Também uma placa indicativa estaria no local. "A única maneira para impedir que isso [desrespeito à proibição] ocorra é fechando tudo com corrente e cadeado", aponta. A Diretran explicou que está sendo estudada uma medida para resolver o problema no local, mas não confirmou o fechamento definitivo da rua aos domingos.
Para o advogado e professor de Direito de Trânsito, Marcelo Araújo, a medida seria um privilégio aos moradores. "Estaria-se transformando a área pública em via particular. Eu estou transformando aquilo numa área privada, exclusiva dos moradores. Isso diria que é o maior absurdo que está sendo comentado. Estão cedendo para os moradores do Parque Barigüi. A minha preocupação é que a dona Maria também vai querer a mesma solução para o bairro dela", diz.
Araújo acredita que a solução para o impasse no local passa por mais investimentos em engenharia de tráfego. Já o presidente da AMAParque rebate dizendo que já existem locais em Curitiba fechados ao trânsito e que será proibida apenas a circulação de veículos. "As pessoas vão poder entrar e sair, mas a pé." (BMW)