A Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers) fará na quarta-feira (15) à tarde uma reunião de emergência com representantes dos estabelecimentos para discutir os "rolezinhos" em São Paulo.
Para este fim de semana, estão previstos quatro "rolezinhos" na região metropolitana de São Paulo: JK Iguatemi, Metrô Tatuapé, Center Norte, em Santana (zona norte), e Grande Plaza - este em Santo André.
A intenção da entidade é discutir medidas de segurança para lidar com os eventos. Marcados pelas redes sociais, os "rolezinhos" atraem centenas de jovens a shoppings. Eles entram pacificamente nos espaços; depois, costumam promover correria.
A cada dois meses, a associação faz uma reunião com oito membros para tratar da segurança dos locais. Nesta quarta, porém, o encontro terá representantes de todos os estabelecimentos filiados à entidade cerca de 40 apenas na cidade de São Paulo.
"Isso nunca aconteceu, ninguém tem uma fórmula mágica. Nenhum shopping center está preparado para receber duas mil pessoas de repente, sejam eles jovens ou anciões", diz Luiz Fernando Veiga, presidente da Abrasce.No sábado, seis centros comerciais conseguiram liminares para coibir os eventos. Juízes determinaram multa de R$ 10 mil para quem for flagrado em tumultos.
Veiga, porém, diz que a decisão de entrar na Justiça é uma "decisão empresarial de cada shopping."
Até fevereiro, há eventos marcados no Facebook em outros seis shoppings: Penha e Aricanduva, ambos na zona leste, Bonsucesso (Guarulhos), Taboão, Suzano e Mauá.
A Folha de S.Paulo revelou que jovens que participaram de "rolezinhos" devem começar a ser intimados para serem comunicados sobre a possibilidade de serem multados.
No do último sábado, PMs usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os participantes do evento em Itaquera, na zona leste.
Abuso de PMs
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a Corregedoria da PM vai investigar abusos cometidos por policiais na ação para coibir o "rolezinho".
A reportagem presenciou PMs dando golpes de cassetete num grupo que descia a escada rolante. "A repressão atenta contra a dignidade desses jovens. Houve discriminação", disse o advogado Ariel de Castro Alves, do Conselho Nacional de Criança e do Adolescente.
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