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A Associação Paulista de Imprensa encaminhou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro com o pedido para que ele conceda o indulto ao jornalista Wellington Macedo, a exemplo do que fez no caso do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). De acordo com a defesa do jornalista, o ofício foi protocolado em 9 de maio.
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Macedo foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de integrar um grupo que teria organizado e financiado as manifestações a favor do governo federal no dia 7 de setembro de 2021. No entendimento de ministros do STF, os atos foram antidemocráticos, pois em alguns deles houve falas pedindo o fechamento do STF e a intervenção militar.
O jornalista ficou preso entre setembro e outubro de 2021. À época, a Gazeta do Povo registrou que ele estava debilitado e sem conseguir se alimentar no Centro de Detenção Provisória II (CP- II), no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Ainda em outubro do ano passado, a prisão foi convertida em domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.
Além disso, Moraes também determinou o cumprimento de uma série de medidas cautelares por parte de Macedo. Ele está impedido de se aproximar, no raio de um quilômetro, da Praça dos Três Poderes, dos ministros do STF e dos senadores; de se comunicar com outros investigados no inquérito; de publicar conteúdos nas redes sociais de sua titularidade ou de outros; de receber visitas sem prévia autorização judicial (salvo de seus familiares); e de conceder entrevistas sem autorização judicial.
Para se deslocar de Brasília até a sede da Associação Paulista de Imprensa, em São Paulo, Macedo precisou de autorização judicial - que foi concedida. Além de anunciar que fará o pedido do perdão presidencial, a associação também homenageou o jornalista na última segunda-feira (2).