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Meio ambiente

Assoreado, lago do Barigüi pede socorro

Enquanto outras atrações turísticas foram revitalizadas para as conferências da ONU que ocorrem este mês em Curitiba, um velho problema ambiental continua sem solução: o assoreamento do lago do Parque Barigüi. O problema, que incomoda usuários e turistas, já tem quase dez anos e o mau cheiro piora em alguns dias, de seca ou de calor, como ontem.

Desde 1986, a prefeitura realiza trabalhos de dragagem no lago. Com o decorrer dos anos, as dragagens tiveram que ser feitas em espaços de tempo cada vez mais curtos. O problema, no entanto, nunca foi resolvido efetivamente. E para que ocorra uma solução, os curitibanos terão que esperar pelo menos mais dois meses.

"É lamentável, tem cheiro de esgoto puro", afirma a médica, Soraya Carvalho, de 25 anos, freqüentadora assídua do parque. Opinião que é compartilhada pela funcionária pública, Márcia Pastana, de 33 anos. "O parque é tão bonito, mas isso é horrível, acho que desistiram de tentar arrumar", diz. Segundo ela, até um carrinho de bebê já foi visto dentro do lago. Para o militar, João Valmir Parise do Amaral, de 48 anos, o problema é que as dragagens não são realizadas corretamente. "Isso é serviço mal feito", conclui.

De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto, a questão não foi esquecida pela prefeitura e nem se trata de serviço mal feito. No entanto, dragagens não devem mais ser realizadas no local, pelo menos por enquanto. "É jogar dinheiro pelo ralo", diz. Segundo ele, o custo da obra feita há dois anos foi de R$ 800 mil e não representou resolução efetiva do problema. "Um ano depois estava tudo igual", diz.

Andreguetto explica que para contornar a situação um estudo foi iniciado em janeiro e deve ser finalizado em 70 dias. "Só vamos tomar uma decisão sobre o que fazer depois das conclusões do estudo", explica.

Segundo ele, esta é a primeira vez que os técnicos da secretaria fazem um estudo do local para buscar uma solução para o assoreamento. "Enquanto estamos em busca dessa solução técnica e das causas do assoreamento, teremos uma ação paliativa de limpeza no lago", declara.

Não há ainda resultados parciais do estudo, mas sabe-se que, embora, o lixo jogado pela população no Rio Barigüi não seja a causa principal do problema, é certamente um fator agravante. "Temos que conscientizar a população para que não jogue lixo no rio, eles se livram de um problema que reaparece mais na frente", declara Andreguetto.

Enquanto isso, resta aos freqüentadores do parque paciência, principalmente em dias quentes. "Aqui, fica insuportável, principalmente, em dia de calor", diz o empresário, Magno Vasconcelos, de 39 anos.

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