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Balanço

Ataques a bancos no PR crescem 118% em um ano

Explosão em banco de Colorado, no Norte: Paraná registrou 214 ocorrências em 2012 | Douglas Marçal/O Diário do Norte do Paraná
Explosão em banco de Colorado, no Norte: Paraná registrou 214 ocorrências em 2012 (Foto: Douglas Marçal/O Diário do Norte do Paraná)

Uma pesquisa divulgada ontem aponta um crescimento de 58,69% nos ataques a bancos em todo o país no ano de 2012, se comparados com o número de ocorrências do ano anterior. Só no Paraná, foram 214 ocorrências – crescimento de 118%. O número é inferior apenas ao registrado nos estados de São Paulo (492) e Minas Gerais (301) no mesmo período. Em todo o Brasil, foram 2.530 ataques a bancos, uma média diária de 6,9 ocorrências. As informações são da 4.ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, feita pela Confederação Na­­cional dos Vigilantes e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com apoio do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

A Contraf-CUT mostra, no entanto, que o número real deve ser ainda maior, já que várias ocorrências não chegam a ser noticiadas e muitos estados têm dificuldades em levantar informações.

Dentre os casos registrados no ano passado no país, a maior parte (1.763) foram arrombamentos a agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos – crescimento de 84% em relação a 2011.

No Paraná, em 2011, 29 casos de assalto ou tentativas de assalto foram registrados. No ano passado, esse número subiu para 34 – aumento de 17,2%. No caso dos arrombamentos, o índice quase triplicou: de 69 ocorrências em 2011, a taxa saltou para 180 no ano seguinte.

Os ataques a caixas eletrônicos também registraram aumento. No primeiro trimestre de 2013, aconteceram 38 explosões no estado, seis delas em Curitiba. Ano passado, houve dez detonações a menos.

Controle e diálogo

De acordo com o delegado federal e coordenador da pós-graduação em segurança pública da Universidade Tuiuti, Algacir Mikailoviski, dois mecanismos de proteção precisam ser aprimorados. Em primeiro lugar, falta controle sobre a produção e comércio de explosivos. Além disso, as empresas privadas devem ter maior diálogo com os órgãos de segurança pública. "Os casos de violência se perpetuam porque o vigilante contratado na agência nem sempre está em contato com a Polícia Militar. Essa falta de interação enfraquece a proteção", avalia.

A reportagem tentou contato com a Federação Brasileira de Bancos (Fe­­bra­­ban) para comentar a pesquisa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Colaborou Rafael Neves

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