Mortes
Os dados levantados pelas entidades sindicais mostram ainda que, em 2012, 57 pessoas foram assassinadas em agências bancárias, uma média de quase cinco mortes por mês. O número é 16,3% maior do que o registrado em 2011, quando foram notificados 49 óbitos, e de 147,8% em comparação com 2010, que teve 23 mortes.
Ademir Pincheski, secretário-geral do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, avalia que a elevação do número tem relação com a falta de preocupação dos bancos com as vidas das pessoas no local. "O aparato que protege o dinheiro armazenado, ou que entra e sai do banco, é impecável. A segurança aos funcionários e clientes, por outro lado, é bem mais falha", critica.
Uma pesquisa divulgada ontem aponta um crescimento de 58,69% nos ataques a bancos em todo o país no ano de 2012, se comparados com o número de ocorrências do ano anterior. Só no Paraná, foram 214 ocorrências crescimento de 118%. O número é inferior apenas ao registrado nos estados de São Paulo (492) e Minas Gerais (301) no mesmo período. Em todo o Brasil, foram 2.530 ataques a bancos, uma média diária de 6,9 ocorrências. As informações são da 4.ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, feita pela Confederação Nacional dos Vigilantes e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com apoio do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Veja o crescimento dos ataques a bancos no estado e no Brasil
A Contraf-CUT mostra, no entanto, que o número real deve ser ainda maior, já que várias ocorrências não chegam a ser noticiadas e muitos estados têm dificuldades em levantar informações.
Dentre os casos registrados no ano passado no país, a maior parte (1.763) foram arrombamentos a agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos crescimento de 84% em relação a 2011.
No Paraná, em 2011, 29 casos de assalto ou tentativas de assalto foram registrados. No ano passado, esse número subiu para 34 aumento de 17,2%. No caso dos arrombamentos, o índice quase triplicou: de 69 ocorrências em 2011, a taxa saltou para 180 no ano seguinte.
Os ataques a caixas eletrônicos também registraram aumento. No primeiro trimestre de 2013, aconteceram 38 explosões no estado, seis delas em Curitiba. Ano passado, houve dez detonações a menos.
Controle e diálogo
De acordo com o delegado federal e coordenador da pós-graduação em segurança pública da Universidade Tuiuti, Algacir Mikailoviski, dois mecanismos de proteção precisam ser aprimorados. Em primeiro lugar, falta controle sobre a produção e comércio de explosivos. Além disso, as empresas privadas devem ter maior diálogo com os órgãos de segurança pública. "Os casos de violência se perpetuam porque o vigilante contratado na agência nem sempre está em contato com a Polícia Militar. Essa falta de interação enfraquece a proteção", avalia.
A reportagem tentou contato com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para comentar a pesquisa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Colaborou Rafael Neves
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