Policiais passaram a escoltar os ônibus em Florianópolis| Foto: Eduardo Valente/Folhapress

Maranhão

Apesar da presença do reforço de 80 homens da Força Nacional que estão em São Luís, no Maranhão, atuando nas ruas, em conjunto com a PM, desde sexta-feira, criminosos retomaram, no fim da manhã de ontem, os ataques a ônibus na capital maranhense. Ao menos dois ônibus foram incendiados, um deles apenas parcialmente, segundo o sindicato dos trabalhadores. Ninguém ficou ferido. Os ônibus começaram a ser recolhidos às garagens no início da tarde, por ordem das empresas. Os ataques de ontem ocorreram nos bairros Recanto dos Vinhais e Piquizeiro.

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A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina identificou, "dentro e fora" do sistema prisional, responsáveis pela onda de ataques a ônibus e policiais que chegou ontem ao sexto dia. A pasta vai pedir a transferência deles a penitenciárias federais, como fez com suspeitos dos atentados de 2013.

O secretário César Grubba não disse quantos suspeitos foram identificados. Ele diz não ver necessidade de pedir ajuda à Força Nacional, como no ano passado, porque a polícia "está trabalhando bem".

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Até as 19 horas de ontem, a Polícia Militar havia registrado 36 ocorrências, em 15 cidades, relacionadas aos ataques. Além de ônibus queimados e tiros contra bases policiais, a corporação contabiliza a prisão de suspeitos.

Segundo a PM, três pessoas morreram desde sexta-feira. São dois suspeitos de participar dos ataques, mortos em confrontos com a polícia, e um agente prisional aposentado, alvejado diante de casa por um grupo não identificado.

Em Florianópolis, apesar do policiamento extra, motoristas e cobradores de ônibus alegaram falta de segurança para trabalhar à noite e voltaram a parar às 19 horas, o que levou ao fechamento de lojas e ao cancelamento de aulas.

"Não é greve. Nós não nos sentimos seguros. A polícia oferece escolta, mas ela não é eficiente", disse Deonísio Linder, diretor de comunicação do sindicato da categoria.

O comando da PM e o secretário municipal de Transportes, Vinicius Cofferri, lamentaram a decisão dos trabalhadores e disseram que as escoltas são eficientes. O comandante da PM em SC, coronel Valdemir Cabral, disse que os ataques não ameaçam as eleições de domingo no estado. Segundo ele, todos os locais de votação terão policiamento especial e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) pode ser acionado em caso de necessidade. "Nós não vamos recuar. A população sente que o Estado está dando a resposta necessária a essa situação."

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