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Santo Antônio da Platina – Os candidatos à renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) estão encontrando dificuldades para passar pela prova teórica de Primeiros Socorros e Direção Defensiva em Santo Antonio da Platina, no Norte Pioneiro, onde 60% dos candidatos reprovam na avaliação.

Desde que passou a vigorar a nova determinação, a 44ª Circunscrição de Trânsito, de Santo Antonio da Platina, tem registrado um movimento acima do normal na procura pela renovação do documento. A decepção e as reclamações vêm depois, quando os resultados das provas são divulgados. A maioria dos candidatos credita a reprovação a temas técnicos que não priorizam e nem levam em consideração a experiência e habilidade dos motoristas. No primeiro teste realizado pelo órgão após a novidade, apenas dois candidatos conseguiram sair da sala com a carteira renovada, entre os 10 que fizeram o teste.

A prova teórica do Detran não poupou nem mesmo o prefeito da cidade, José Ritti Filho, que na semana passada fez o teste, mas foi reprovado. Ele evitou falar sobre o assunto, mas ao sair da sala de avaliação tinha certeza de ter conseguido acertar ao menos 21 das 30 questões.

A coordenadora de Habilitação do Detran/PR, Maria Aparecida Farias, explica que o índice médio de aprovação nas 99 Ciretrans espalhadas pelo estado é de 60%, mas ela admite que esse índice pode ser menor em regiões onde o grau de escolaridade médio da população é considerado baixo. "É preciso levar em conta que esses candidatos podem ter dificuldades de leitura, escrita e até de entendimento", detalha a coordenadora.

Experiência

Para Justo Santa Rosa, 70 anos, motorista há 50, e que em breve vai renovar sua carteira, a medida é desnecessária, porque o candidato à renovação já tem o mais importante, a experiência prática. "Um bom motorista acaba sendo reprovado pela parte teórica", reclama.

Os motoristas habilitados antes de 1998, mas que passaram pelo curso de reciclagem para condutores infratores, estão automaticamente dispensados de fazer o teste, assim como os motoristas que possuem cursos especializados de transporte de produtos perigosos, emergência ou escolar. No Paraná, 2,1 milhões de condutores terão de passar pelo curso ou pela prova.

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