• Carregando...

Embora quase a metade das 52 agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no estado esteja trabalhando normalmente, quem procura os postos da Previdência Social ainda pode sair sem atendimento por causa da greve. A paralisação dos servidores entra hoje no 43.° dia. Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência do INSS no Paraná, 24 postos estão atendendo com a carga total de funcionários e 28 funcionam de maneira parcial. Nestas agências, são recebidos apenas os casos considerados emergenciais, como auxílio-doença, salário-maternidade e perícia médica. Pedidos de aposentadoria, transferências e outros tipos de solicitação continuam não sendo atendidas.

No início da manhã de ontem, em Curitiba, cerca de 30 pessoas aguardavam na fila do atendimento inicial na agência XV de novembro para encaminhar suas solicitações. A demonstradora Eliete França e Silva, 36 anos, já havia estado no local no dia anterior e saiu novamente sem atendimento. Ela quer pedir a transferência da pensão por morte para o seu filho Iury, que completou 18 anos e pode passar a ser o titular do benefício.

"Eu vim aqui anteontem e não consegui nem informação. Agora, depois de esperar 30 minutos na fila, fui saber que só posso ser atendida quando acabar a greve. Se demorar dois anos (a greve), vou ter de esperar. É um descaso com a gente", reclama Eliete.

Já a dona de casa Evanir de Souza Roberto, 56 anos, achou que a paralisação dos servidores havia chegado ao fim e por isso foi até o INSS para tentar conseguir um documento de seu marido que morreu há nove anos. Evanir também foi informada que só poderá ser atendida após o término da paralisação. "Vou ter de esperar. Eu vi na televisão que estava em greve, mas faz tanto tempo que pensei que tinha acabado", disse.

Já o motorista Rudi Stein, 63 anos, que foi dar entrada na perícia para conseguir o auxílio-doença, disse que foi atendido normalmente. "Demora um pouco, mas seria pior se eu não fosse atendido." Como o seu caso é relativo a auxílio-doença, Rudi se enquadra no tipo de atendimento emergencial e por isso foi atendido.

Lentidão

A gerente executiva do INSS em Curitiba e Região Metropolitana, Cinara Wagner Fredo, avalia que o atendimento das 11 agências que supervisiona está tranqüilo para tempos de greve. Ela ressalta que durante os 43 dias de paralisação não foram formadas grandes filas durante a madrugada. "Ainda estamos conseguindo fazer os atendimentos emergenciais. As reclamações são quase que pontuais e se referem principalmente à lentidão no atendimento. Mas é melhor manter lento do que deixar de atender", disse.

De acordo com Cinara, 70% da média de 3.125 atendimentos realizados por mês nas agências de Curitiba, região metropolitana e Paranaguá são referentes aos casos considerados emergenciais. No mês de junho foram concedidos 16.165 benefícios em todo o estado, 85% da média mensal registrada, que é de 19 mil concessões.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]