Atendimento nos setores de emergência do HC ainda é crítico

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A promessa de que os setores de emergência do Hospital das Clínicas (HC) de Curitiba não seriam atingidos pela greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não está sendo cumprida. Nesta quinta-feira(14), a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta era o setor de emergência mais prejudicado.

Dos 14 leitos disponíveis, apenas 10 estavam em funcionamento, isso porque do total de 22 servidores do setor, cinco aderiram à greve. Segundo o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior, há também outros dois funcionários da UTI cardíaca que estão em greve. "Nesta situação, o HC não tem condições de receber mais nenhum paciente para ocupar as UTIs", explicou o reitor.

Moreira fez uma retificação em relação ao número de servidores faltosos dos últimos dois dias. Foram 65 e não 13 como havia sido divulgado pela reitoria da UFPR na quarta-feira. Segundo o reitor, a quantidade corresponderia somente aos funcionários das unidades de emergência. Os faltosos no HC correspondem a 3% dos 2.139 funcionários ligados ao Ministério da Educação, únicos que entraram em à greve.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sindtest), José Carlos Belotto, afirma que o número de ausentes que vem sendo divulgado nos últimos dias representa a quantidade de funcionários que faltam quando o hospital está trabalhando normalmente. Segundo Belotto, desde o início da greve, 90 servidores se afastaram do trabalho para tratamento de saúde.

O Ministério Público Federal encaminhou pedido para que o HC encaminhe a relação de funcionários que continuam em greve. As informações são necessárias para que seja cumprida a liminar da Justiça Federal, que impôs multa de R$2,5 mil aos dirigentes sindicais e o desconto na folha de pagamento dos servidores.

Nesta sexta-feira (15), às 14h30, acontece em Brasília uma reunião entre o Ministério do Planejamento, Ministério da Educação (MEC), Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra), Sindtest e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para se tentar uma solução definitiva em relação à greve. A greve dos servidores técnico-administrativos da UFPR começou no dia 28 de maio e afeta, além dos HC, o Restaurante Universitário e os departamentos dos cursos da universidade.