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| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo/Arquivo

A escassez de recursos obrigou o Hospital Evangélico de Curitiba a suspender atendimentos na semana passada. Desde o dia 21 de novembro, a unidade deixou de realizar atendimentos emergenciais a pacientes do Samu, Siate e da Central de Leitos. Também cancelou o agendamento de cirurgias eletivas. Nesta segunda-feira (28), os problemas se agravaram e foram incluídas na lista de restrições as consultas ambulatoriais, os exames laboratoriais e os exames de imagem.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do hospital, as suspensões são uma espécie de medida de segurança tomada para garantir o mínimo necessário ao funcionamento do hospital. “O contingenciamento foi a única medida encontrada para garantir que os insumos necessários ao tratamento de pacientes internados não se esgotem”, disse o texto divulgado na semana passada.

O Hospital Evangélico é o principal hospital do SUS em Curitiba. Cerca de 1,3 milhão de pessoas são atendidas por ano na instituição, que possui 439 leitos ativos, sendo dez de UTI e 20 de UTI neonatal. Segundo dados da prefeitura de Curitiba, a instituição apresentou, no primeiro semestre deste ano, o maior volume de autorizações de internação hospitalar (12.496 no período) em Curitiba e o segundo maior volume de autorizações de internação hospitalar iniciadas após atendimento de urgência realizado em seu próprio pronto-atendimento (7.029 casos).

Falta engajamento

Para melhorar o entrosamento da comunidade em sua recuperação, o Hospital Evangélico estuda a implantação de uma entidade sem fins lucrativos para angariar recursos em prol da instituição. O projeto seria chamado de “Amigos do Hospital Evangélico”. Mas, como a proposta ainda está em fase de estudos, nenhuma outra informação foi adiantada sobre o assunto.

O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), Gláucio Araújo de Oliveira, ressalta a falta do engajamento da sociedade na reorganização do hospital. “Não queremos dinheiro. Queremos mesmo é a participação da sociedade nesse processo. A sociedade está acomodada e não está dando a devida atenção que o Evangélico merece”.

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