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investigação

Atirador experiente matou MC Daleste, diz polícia

O atirador que matou o funkeiro Daniel Pedreira Sena Pellegrine, 20, conhecido como MC Daleste, era experiente, teve calma para cometer o crime e foi bastante preciso, segundo a Polícia Civil.

Daleste morreu na madrugada de ontem após ter sido baleado enquanto se apresentava num show de uma festa junina do conjunto habitacional CDHU do bairro Vila San Martin, na zona norte de Campinas. O tiro o acertou por volta das 22h40 - cerca de dez minutos após subir ao palco.

O enterro aconteceu na manhã de hoje no cemitério da Vila Formosa, zona leste paulistana - região de origem do cantor."Não estamos lidando com alguém que estava atirando pela primeira vez", disse o delegado Rui Pegolo, titular da divisão de homicídios de Campinas, que comanda o inquérito policial.

"Conversando com os peritos, deu para levantar a hipótese que o atirador estava provavelmente sozinho e a uma distância aproximada de 20 a 30 metros do palco", afirmou Pegolo. "Foi um tiro fatal que entrou pelo abdômen, cruzou o corpo na diagonal e saiu pelas costas."

Para Oswaldo Diez Júnior, delegado assistente da Seccional de Campinas, que auxilia nas investigações, o autor do disparo "não estava nervoso e tinha a mão firme". Cerca de 4.000 pessoas estavam na festa junina do bairro Vila San Martin. "Foi uma audácia muito grande", afirma Diez Júnior.

Investigação

Apesar das primeiras conclusões, tanto a perícia do IC (Instituto de Criminalística) quanto o exame necrológico do IML (Instituto Médico Legal) só ficarão prontos nos próximos dias e nenhuma linha de investigação está descartada pela polícia.

Até o momento, foram colhidos apenas depoimentos informais e vídeos publicados na internet, que estão sendo analisados. Ninguém foi preso.

A polícia disponibilizou o telefone 181 para que informações sejam passadas em sigilo e o e-mail campinas.cepol@policiacivil.sp.gov.br, para vídeos que possam ajudar nas investigações.

Entre as hipóteses estão a de crime passional - MC Daleste era bastante adorado por mulheres da periferia - e a de crime por desavença. Segundo pessoas que presenciaram o crime, o cantor teve problemas em Campinas em outras apresentações. Ele fez pelo menos outros três shows na região neste ano.

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