Sininho

Apontada como a principal articuladora do grupo de ativistas que comandava protestos violentos no Rio, Elisa De Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, também é suspeita de organizar protestos em Minas Gerais. De acordo com o relatório final do inquérito da Polícia Civil, em fevereiro deste ano ela chegou a se refugiar em São Paulo, com medo das investigações que estavam em curso. Numa conversa por telefone, segundo o documento ao qual o jornal O Globo teve acesso, Sininho diz não estar preocupada com a investigação da Polícia Civil do Rio: "Estou mais preocupada com a de Minas. Lá, eles já têm provas para me indiciar por formação de quadrilha."

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A advogada Eloisa Samy, de 45 anos, uma das ativistas denunciadas à Justiça por formação de quadrilha armada em processo sobre protestos violentos, pediu ontem asilo político ao Uruguai. Eloisa seguiu para o Consulado Geral do Uruguai no Rio de Janeiro, em Botafogo, e a Polícia Militar chegou a procurar por ela no local, mas foi orientada a deixar o consulado.

Em vídeo de pouco mais de dois minutos, produzido por Mídia Independente Coletiva e Ninja, Eloisa afirma que é uma "perseguida política", criminalizada por sua "atuação na defesa por direito de manifestação". "Jamais cometi qualquer ato que infringisse a lei, mas estou sendo vítima das forças coercivas do Estado exatamente por defender pessoas que se ergueram e foram às ruas para protestar contra as ilegalidades cometidas por ele próprio. Quem atua na ilegalidade é o Estado. A democracia é regra e nos pertence".

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Advogada

Na denúncia encaminhada à Justiça, o promotor Luís Otávio Lopes diz que Eloisa aproximou-se dos outros ativistas como advogada, mas que depois teria participado dos atos violentos, "inclusive passando instruções aos ocasionais participantes, tendo sido vista ordenando o início de atos de violência". Ela também é acusada de prestar "apoio logístico" ao grupo. Ela nega as acusações.