Parentes das vítimas do massacre do Carandiru realizaram na Sé, no centro de São Paulo, um ato ecumênico nesta terça-feira (2), data em que o caso completa 20 anos. O caso ficou conhecido internacionalmente por causa da morte de 111 presos após a Polícia Militar entrar no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, na zona norte da cidade, para pôr fim a uma rebelião.
A 2ª Vara do Júri marcou para o dia 28 de janeiro de 2013 o julgamento de parte dos réus acusados de participar do massacre. A decisão do juiz José Augusto Nardy Marzagão saiu no dia 27 de setembro deste ano. O julgamento deve ocorrer no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste. Irá a júri somente a tropa comandada pelo capitão Ronaldo Ribeiro dos Santos, que atuou no 2º pavimento, liderando 26 homens. Eles são acusados de matar 15 pessoas.
Até o momento, apenas o coronel Ubiratan Guimarães foi condenado pelo crime. Em 2001, ele foi julgado e condenado a 632 anos de prisão por comandar a ação no Carandiru. Apesar disso, em fevereiro de 2006, o Tribunal de Justiça de São Paulo reinterpretou a decisão do 2.º Tribunal do Júri e decidiu absolver o coronel.