A comemoração de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios foi marcada por protestos e bonecos inflados da presidente Dilma Rousseff (PT), com lama pelo corpo e nariz de Pinóquio, e o já famoso “Pixuleco”, que representa o ex-presidente Lula vestido de presidiário –protesto anti-PT que se espalhou por oito capitais, além de Brasília.
O intenso isolamento realizado pelo Exército, no entanto, fez com que as manifestações contrárias ao governo não fossem ouvidas ou vistas do palanque ocupado por Dilma e pela cúpula de ministros que formam a articulação política.
Dilma chegou pontualmente às 9h para a cerimônia e ficou ao lado do vice-presidente Michel Temer. Apesar da existência de palanques ocupados por convidados e simpatizantes do governo, foi possível ouvir vaias vindas do lado de fora do evento quando a presidente abriu oficialmente a solenidade.
Em meio a um desgaste na aliança entre PT e PMDB, além de Temer, só o ministro da Pesca, Helder Barbalho, representaram o PMDB.
Com o fim do desfile oficial, a Esplanada virou palco de manifestações contra o governo federal. Segundo estimativas oficiais, cerca de 500 pessoas se espalharam pelo local.
Alguns manifestantes derrubaram o muro de proteção que foi colocado no gramado central para limitar o acesso dos populares durante o desfile. Os bonecos de Lula e Dilma, que estouraram ao longo do desfile, foram novamente inflados ao fim do evento.
As críticas ao governo vieram também do Movimento de Resistência Popular, que cobrou mais moradias para a população de baixa renda.
Estados
Em São Paulo, o evento foi marcado por manifestações do público contra o PT e Lula. Um pequeno grupo defendia, ainda, a intervenção militar e outro protestava contra o governo estadual e lembrava da chacina recente.
Em Belo Horizonte (MG), os protestos contra os governos estadual e federal se limitavam a faixas, cartazes e aglomerações longe do palanque oficial, do governador Fernando Pimentel (PT). O Grito dos Excluídos, que reafirma a luta em defesa da democracia e pede direitos sociais e políticos, teve a adesão de 150 pessoas, segundo a PM. Em Fortaleza (CE), cerca de 50 pessoas vestidas de preto, segundo a PM, protestaram contra Dilma e o PT.
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