Pelo segundo ano consecutivo, a Polícia Militar (PM) do Paraná atrasou o início do curso de formação de oficiais da corporação. Desta vez, no entanto, não há sequer previsão para que as aulas comecem, retardando a formação dos novos policiais e bombeiros. O governo do estado disse que a nomeação dos cem aprovados depende de previsão orçamentária.
Sem a nomeação, os candidatos não recebem o subsídio de R$ 2,8 mil e, ao mesmo tempo, não conseguem planejar a própria vida. Nesta semana, a Gazeta do Povo recebeu o contato de nove dos aprovados, que reclamam da falta de informações acerca do início do curso de formação.
“Nós estamos com a vida ‘congelada’ em função disso. Vivemos esperando a convocação, mas até agora não tem nem sinal disso”, disse um jovem de 23 anos, aprovado no concurso.
Realizado na Academia Policial Militar do Guatupê, o curso de formação de oficiais tem a duração de três anos. Os aprovados ingressam como cadetes e, ao fim do curso, serão formados 90 policiais e dez bombeiros militares, que sairão com a patente de 2.º tenente – e salário de R$ 8,3 mil. Só ao término das aulas é que os oficiais estão prontos para irem às ruas.
Segundo os candidatos, a previsão era de que o curso começasse em março, logo após a conclusão de todas as etapas do concurso. Entretanto, três meses depois, os aprovados vivem a incerteza quanto à convocação.
“Não temos notícia de nada. Tentamos entrar em contato com a corporação e a orientação se restringe a acompanhar os editais. A gente sequer pode arrumar um emprego, porque não sabe quando vai ser chamado”, disse um aprovado.
Morador do interior de São Paulo, ele abandonou a faculdade – cursava engenharia – para tentar o sonho de ser oficial da PM. Após fazer um cursinho preparatório, foi aprovado em todas as fases. “Eu investi dinheiro, foram muitos gastos com deslocamentos e estadia. Agora, tem gente dizendo que devem só nos chamar no ano que vem, por causa de dificuldades financeiras do estado”, apontou.
Sem previsão
Por meio de nota, a PM informou que a contratação de novos servidores “depende de avaliação da Comissão de Política Salarial”, que é coordenada pela Casa Civil, e de “previsão orçamentária para arcar com os custos inerentes a tal contratação”. A nota não menciona uma previsão para que o curso tenha início e para que os aprovados sejam nomeados.
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