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Economia de energia foi de 0,5%

Agência Estado

São Paulo - A adoção do horário de verão em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas, Espírito Santo, Rio, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal, gerou uma economia de energia consumida da ordem de 0,5%, segundo estimativa do Ministério de Minas e Energia. O horário resultou em redução de demanda de energia de 4,5% nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste (1,9 mil megawatts), o suficiente para abastecer uma cidade com 5 milhões de habitantes por 4 meses. No Sul, a previsão é de 4,7%, ou 575 MW, suficientes para uma cidade de 1,5 milhão de pessoas.

Nos últimos dez anos, segundo o ministério, o horário de verão possibilitou redução média de 4,7% na demanda de energia no horário de maior consumo, entre 18 e 21 horas. Essa redução significa que as usinas deixaram de gerar nesse período cerca de 2 mil MW a cada ano.

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O horário de verão, que começou no dia 18 de outubro do ano passado, está acabando. A partir de zero hora deste domingo, os brasileiros das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem atrasar o relógio em uma hora. A medida, em vigor de forma ininterrupta desde 1985, tem como objetivo economizar energia em horários de pico (entre as 18 e 21 horas), mas também afeta o relógio biológico de grande parte da população. "Isso acontece porque as pessoas estão acostumadas a seguir o horário normal na maior parte do ano. Quando entra em vigor o horário de verão, há uma quebra de rotina. As pessoas passam a acordar e a dormir em um horário diferente daquele a que o corpo está acostumado", explica o neurocirurgião Rodrigo Leite de Morais.

De acordo com Morais, a readaptação ao horário normal não é tão difícil. Além disso, o atraso dos relógios em uma hora acaba se revelando recompensador. "Muitas pessoas irão dormir no horário de sempre, mas acordarão mais tarde, o que resulta no ganho de uma hora de sono e mais disposição ao longo do dia", afirma.

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De toda forma, mesmo voltando ao horário habitual, é comum que o relógio biológico "estranhe" a mudança. No início, segundo a psiquiatra Gisele Minhoto, especialista em medicina do sono, a sensação de que se está acordando mais tarde, aliada ao fato de que escurece mais cedo, dará a impressão de que o dia não rendeu. "Há mais dificuldades na hora de acordar e de dormir. Ocorre uma estranheza, mas, ao contrário do que acontece no horário de verão, é mais raro a pessoa ficar sonolenta durante o dia, pois ela terá mais tempo para dormir".

A médica explica ainda que a adaptação do corpo à mudança pode levar de três dias a uma semana, e que mais tempo do que isso pode significar um problema mais sério, sendo necessária a ajuda de profissionais da área. Dois grupos etários, porém, enfrentam mais dificuldades em relação à maioria da população: crianças e idosos. "O cérebro é o responsável por essa adequação, e como as crianças ainda não têm maturidade cerebral, essa adaptação é mais demorada. No caso dos idosos, o sono é mais fragmentado e de menor qualidade, logo eles sofrem mais com qualquer mudança".

Uma dica para enfrentar os primeiros dias de indisposição é dormir no mínimo oito horas, evitar cochilos ao longo do dia, se alimentar bem, praticar e exercícios e disciplinar a agenda.