Viaturas da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros tiveram problemas para abastecer nesta segunda-feira (4) por falta de pagamento à empresa fornecedora de combustível. Alguns dos pontos de reposição de combustível em Curitiba e região metropolitana estiveram desativados, o que obrigou veículos a fazer deslocamentos maiores, distantes das regiões em que prestam atendimento, para abastecer.
Segundo um agente do Corpo de Bombeiros, que não quis se identificar, viaturas de postos da região metropolitana, como Araucária e São José dos Pinhais, tiveram que ir até um local de abastecimento no bairro Portão, na capital, em busca de combustível.
Carros de batalhões regionais da PM em vários bairros, por sua vez, foram forçados a se dirigir até o Batalhão da Polícia Ambiental, no Parque do Iguaçu, em São José dos Pinhais.
A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) reconheceu o problema, mas não soube informar exatamente que locais estavam sem combustível. Apesar disso, a Sesp frisou que nenhum carro deixou de operar, houve apenas o inconveniente do deslocamento.
Sobre a questão financeira, a Sesp informou que todos os pagamentos com a empresa fornecedora devem ser acertados o mais rápido possível. De acordo com a assessoria, algumas liberações de pagamento já foram efetuadas pela Secretaria da Fazenda, e outras estão nesse trâmite, para que não haja prejuízo na assistência à população. A questão está sendo tratada como prioridade pelos órgãos competentes, de acordo com a Secretaria.
Atendimento comprometido
A dificuldade de logística, segundo o bombeiro, pode acarretar problemas maiores. "Existe a perda de tempo que uma viatura sofre para se deslocar, em primeiro lugar, e um prejuízo no atendimento, já que as regiões de origem dessas viaturas ficam desguarnecidas por algum tempo", explicou.
Outra complicação surgida da falta de combustível diz respeito às vistorias em edificações. O policial explica que a companhia está forçada a priorizar os atendimentos emergenciais, o que coloca em segundo plano estes procedimentos, que servem para checar condições de segurança em imóveis. "Essa situação ainda não está grave, mas tenho conversado com colegas que dizem que o processo de vistorias tem sido feito de maneira cada vez mais lenta por causa do racionamento de combustível", afirmou.