Pelo quarto dia seguido os atrasos em vôos nos principais aeroportos do país refletiram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José do Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
Os atrasos geraram algumas filas pela manhã no saguão do Afonso Pena, mas não houve nenhum tumulto, segundo a Infraero. De acordo com o boletim da estatal que administra os aeroportos do país, no período das 6 às 17 horas estavam previstos 96 vôos para o terminal aéreo em São José dos Pinhais. Destes, 53 apresentaram atrasos entre pousos e decolagens, o que representa quase 55% dos vôos.
Dez vôos foram cancelados durante o período. De acordo com a Infraero, dois cancelamentos estavam previstos pelas companhias aéreas. Não foi informado o motivo dos outros cancelamentos.
Quanto aos atrasos, a explicação é que os vôos chegam atrasados no Afonso Pena, vindo de outros aeroportos, e dessa forma também decolam fora do horário. Entre os atrasos, 40 vôos tiveram demora entre 15 minutos a uma hora. Outros 13 vôos tiveram atraso acima de uma hora.
Atrasos pelo país
A Infraero aponta atraso em 29,9% dos vôos em todo o país. Dos 1.107 vôos programados, 332 decolaram com pelo menos uma hora de atraso. Outras 97 operações foram canceladas, o que equivale a 8,7% dos vôos. Os dados são referentes ao boletim das 15h.
Os atrasos nos principais aeroportos do país se intensificou na quarta-feira (20), após uma pane nas freqüências do Cindacta 1. Um problema nas freqüências interrompeu as decolagens no aeroporto de Brasília o que repercutiu em todo o país.
Além da falha técnica, os controladores de vôo do Cindacta 1 voltaram a realizar a operação padrão nesta semana, o que ajudou a atrasar os vôos pelo país. Nesta sexta-feira, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, afastou controladores, que estariam liderando a operação padrão, e os culpou pela nova crise no setor áereo. Saito avaliou que o momento é de "extrema gravidade".
