O funcionário público Ricardo Neis, que atropelou um grupo de ciclistas em Porto Alegre, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público nesta segunda-feira (21). Ele pode responder por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificadas (motivo fútil, mediante meio que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas).
Neis atropelou os ciclistas em 25 de fevereiro. Desde 11 de março, ele está preso no Presídio Central de Porto Alegre por decisão da juíza Rosane Ramos de Oliveira Michels, da 1ª Vara de Porto Alegre. A juíza determinou a prisão de Neis após receber o laudo realizado pelo Instituto Psiquiátrico Forense que mostra que o motorista "não teve doença diagnosticada".
Na denúncia do Ministério Público, os ciclistas foram salvos pelo fato de estarem usando equipamentos de segurança e pelo pronto atendimento recebido.
Em depoimento à polícia, o motorista disse, que no dia do atropelamento, estava acompanhado do filho de 15 anos e que foi cercado pelos ciclistas. O advogado Luís Fernando Coimbra Albino, que defende Ricardo Neis, afirma que seu cliente agiu em legítima defesa para garantir sua integridade física e de seu filho. Ainda segundo o advogado, ele pensou que seria linchado e saiu para se salvar.
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