O vigilante João Batista Barbosa, ferido num tiroteio durante tentativa frustrada de assalto a um carro-forte da empresa TGV, em frente à agência das Mercês do banco HSBC, no dia 13, pode ter sido atropelado e morto pelo próprio veículo de trabalho. A informação veio à tona ontem, após o Instituto Médico Legal (IML) divulgar resultado da necropsia. Segundo o laudo, Barbosa sofreu uma fratura de crânio fatal. João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, defende que ele morreu por causa de um atropelamento e não pelos tiros que levou. "O laudo diz que o caminhão (carro-forte) passou por cima da sua cabeça", afirma.
Soares contou ontem que, durante a troca de tiros, dois vigilantes, Barbosa e um colega, estavam usando o caminhão de transporte de valores como escudo, para se defender dos tiros bandidos. "Nesse momento, o motorista recebeu orientação da empresa, pelo rádio, para tirar o caminhão do local e levar os malotes de volta. Na saída, o motorista abandonou os colegas no tiroteio, atropelou Barbosa e por pouco quase pegou o outro", afirma. Ele destaca que nesse tipo de caso a orientação das empresas é para sempre abandonar os vigilantes no local do tiroteio e levar o caminhão com o dinheiro. O laudo aponta ainda que o vigilante teve outros ferimentos, como o causado por um tiro na cabeça, que não chegou a perfurar o crânio.
Segundo o sindicalista, a transportadora de valores tentou subornar algumas pessoas para encobrir o caso. "O médico que o atendeu num hospital de Curitiba colocou no laudo que a causa da morte foi um tiro, para proteger a empresa, mas isso não é verdade. Ninguém consegue falar com o motorista que recebeu a ordem, embora ele tenha confirmado isso para a polícia. O sindicato já denunciou o caso para o Ministério Público do Trabalho, para o Estadual e também para o Federal", destaca.
O Sindicato dos Vigilantes atesta que a família de Barbosa está passando necessidade e que a empresa dificultou o pagamento da rescisão pela morte. "O dinheiro foi depositado em juízo, uma injustiça, apesar de todos os problemas da família. O valor é cerca de R$ 2 mil. Fazia apenas 20 dias que ele tinha voltado a trabalhar na TGV", informa.
A empresa TGV foi procurada pela reportagem, mas os responsáveis não foram localizados para comentar o resultado do exame do IML e nem a suspeita levantada pelo sindicalista.
Projeto
O vereador André Passos (PT) protocolou ontem na Câmara de Vereadores de Curitiba um projeto que cria locais especiais de estacionamento para veículos de transporte de valores no comércio, bancos e shopping centers.
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