Começa na tarde desta quinta-feira (16), na 2ª Vara do Júri de Curitiba, a audiência de instrução dos cinco policiais militares acusados de matar três jovens em outubro do ano passado. O caso aconteceu pouco depois de um assalto no bairro Umbará. Os suspeitos foram capturados pelos policiais militares, mas ao invés de leva-los à delegacia, os PMs teriam os levado a um matagal, onde os três foram executados, com tiros disparados a curtíssima distância, na cabeça ou no peito.
Na audiência, serão ouvidas as testemunhas de defesa e acusação. O interrogatório também pode acontecer nesta quinta-feira (16). O promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), Leonir Batisti, acredita que o caso pode ir a Júri Popular. "Teria alternativa se as provas apresentadas não fossem suficientes", disse.
A convicção do MP é de que os policiais militares executaram os três jovens e simularam um confronto que não existiu. "Isso é mais que uma convicção; É uma denúncia oficial do estado", disse o promotor. "Os fatos não teriam acontecido conforme a versão dos policiais", afirmou Batisti.
O caso
Depois de executar os três suspeitos, os policiais teriam adulterado a cena do crime e colocado armas de fogo ao lado dos suspeitos, a fim de simular que houve um confronto. Oficialmente, um dos policiais preencheu o boletim de ocorrência, afirmando que houve tiroteio com os assaltantes.
Os cinco PMs foram denunciados por triplo homicídio qualificado e falsidade processual (esta, na tentativa de maquiar a "cena do crime").
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