Foi iniciada às 14h45 de hoje a terceira sessão da audiência de instrução e julgamento dos 25 policiais militares acusados de terem torturado e desaparecido com o corpo de Amarildo Dias, auxiliar de pedreiro, na Rocinha, favela situada em São Conrado, zona sul do Rio.
Seis testemunhas de acusação já foram ouvidas, sendo três policiais civis e três militares. Outras sete testemunhas de acusação ainda devem ser ouvidas na 35º Vara Criminal da capital. Elizabete Gomes da Silva, viúva da vítima, está entre as testemunhas de acusação. Hoje, no entanto, ela não apareceu no tribunal.
Na primeira audiência, em 20 de fevereiro, o titular da DH (Divisão de Homicídios), Rivaldo Barbosa, afirmou que os PMs acusados tentaram responsabilizar pelo crime pessoas que não estavam envolvidas no desaparecimento.
A delegada-assistente da DH, Ellen Souto, também depôs no primeiro dia e disse que os acusados prometeram casas, compraram fraldas e deram dinheiro para moradores da Rocinha para que eles confirmassem que Amarildo teria sido assassinado por traficantes.
Na segunda audiência, no dia 12 de março, o ex-tesoureiro da UPP Rocinha, Alan Jardim, afirmou em depoimento ter ouvido "gritos enlouquecedores" nos arredores da sede da UPP, na noite do sumiço de Amarildo. Disse também que recebeu ordens para realizar tarefas no local que podem ter eliminado provas.
A policial militar Dezia Juliana da Costa Souza, que também depôs no segundo dia, disse que recebeu ordem para falar que Amarildo saiu "normalmente" da UPP.
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