Uma audiência pública sobre islamofobia cobrou mais rigor das autoridades da segurança pública em casos de preconceito e até agressões físicas que muçulmanos têm sofrido. A reunião ocorreu na tarde desta quarta-feira (9) na Assembleia Legislativa do Paraná.
Além de deputados estaduais, participaram do debate representantes da sociedade muçulmana e duas mulheres, Luciana Zahra, 30 anos, e Luciana Schmit, 34, que foram vítimas, recentemente, de pedradas e cusparada em Curitiba por estarem com hijab – vestimenta feminina muçulmana para cobrir cabeça e pescoço.
Para Luciana, a audiência é importante para reforçar que discriminação religiosa é crime. “E também para que saibam que não vamos nos calar”, disse. No fim de novembro, quando retornava da região Central de Curitiba para o Jardim Botânico, ela passou por um senhor que a xingou e atirou uma pedra, que acertou a perna dela.
O deputado estadual Professor Lemos (PT), um dos parlamentares que convocaram a audiência pública, disse que as recentes agressões causam preocupação. “Há crimes sendo cometidos contra os muçulmanos. Não podemos aceitar essa discriminação, nem agressões. Por isso, queremos que nossas autoridades fiquem atentas e punam quem ousar cometer esses crimes”, afirmou.
De acordo com o porta-voz da Sociedade Beneficente Muçulmana, Omar Nasser Filho, o preconceito contra muçulmanos é um fenômeno que acontece já há algum tempo. “Mas após os atentados na França, tem aumentado em número e intensidade. Antes eram somente xingamentos que, agora, estão se transformando em agressões físicas”, comentou. Ele ressaltou que o país é formado por imigrantes e que as pessoas precisam ter a liberdade para professar suas religiões. “Essa iniciativa, para nós, é muito importante. É preciso debater para que não aconteça mais”, disse.
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