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Ponta Grossa – O promotor de Saúde Pública de Ponta Grossa, Fuad Faraj, está pedindo a revisão do teto financeiro e do número de Autorizações de Internações Hospitalares (AIHs) a que a Santa Casa da cidade, na Região dos Campos Gerais, tem direito. A medida foi anunciada ontem, após a conclusão de uma auditoria feita no hospital, a pedido do Ministério Público, por uma equipe do Ministério da Saúde.

A auditoria contábil indicou que, em função do repasse insuficiente de recursos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), nos dois últimos anos, o déficit acumulado pelo hospital foi de R$ 1,1 milhão. Somadas as dívidas e juros de empréstimos em bancos, o valor do rombo chega a R$ 5,8 milhões. "Esses números revelam a diferença entre o que o SUS repassa e o que o hospital realmente gasta com o atendimento aos pacientes", comentou o promotor.

Para Faraj, a única alternativa para o hospital é o aumento do teto e do número de AIHs – fixados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Para convencer o governo a rever estes limites, ele pretende marcar uma reunião com o diretor de Sistemas de Saúde da Sesa, Gilberto Martin, e com o secretário estadual Cláudio Xavier. Como argumento, além do resultado da auditoria, irá informar que a Santa Casa, como hospital filantrópico, não pode recusar atendimento a nenhum paciente e acaba arcando com os serviços extras. "Por mês, são repassados cerca de R$ 475 mil para atender 332 pacientes. No entanto, a média de atendimentos mensais chega a 477 pessoas", informa. Caso a secretaria não concorde com a elevação, o promotor avisa que entrará com uma ação civil pública.

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