Professores da UEL continuam em greve. Decisão sobre os rumos da paralisação só na quarta-feira| Foto: Roberto Custodio/Jornal de Londrina

Os estudantes de cinco universidades estaduais já têm data marcada para retornarem às salas de aula. Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e na Universidade Estadual do Paraná (Unespar) o reinício das aulas ocorre na segunda-feira (16). Na terça-feira será a vez dos estudantes da Unicentro voltarem para a faculdade. E na quarta-feira (18) está marcado para os alunos da Unioeste começarem o ano letivo.

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Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), a reitora Berenice Jordão explica que há uma situação diferenciada em relação às demais instituições estaduais de ensino superior. “Os servidores técnicos da UEL optaram pelo retorno às atividades. Mas os docentes adiaram a decisão para próxima assembleia agendada para quarta-feira (18). O retorno às aulas depende da volta dos docentes ao trabalho. Por enquanto, vamos poder iniciar na segunda apenas um trabalho rotineiro da universidade em relação a área administrativa e técnica.”

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A reportagem não conseguiu contato com a reitoria da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) para saber se há previsão de volta as aulas. O sindicato que representa parte dos docentes nessa instituição, no entanto, é o mesmo da UEL. Dessa forma, a Uenp também não teria condições de voltar às aulas com os professores em greve.

Greve está suspensa na maioria das universidades

As greves das universidades estaduais começaram em datas diferentes, mas com pautas em comum. A paralisação teve início nos primeiros dias de fevereiro, quando os professores das escolas estaduais também entraram em greve. Um pacote de medidas de austeridade proposto pelo governo Beto Richa (PSDB) acabava com uma série de avanços e conquistas obtidas pelos servidores da educação no estado. A mudança mais polêmica era com relação a alteração na Paranaprevidência, fundo que administra as aposentadorias de professores e funcionários da educação no estado.

As greves, tanto dos professores do ensino fundamental e médio quando os do ensino superior, se arrastou por cerca de 30 dias. O acordo só foi possível depois de o governo do estado ter retrocedido em várias medidas do pacote de austeridade, entre eles a mudança na Paranaprevidência. Em relação à greve das universidades, também houve a retirada de um projeto de discussão de mudança na autonomia das instituições superiores administradas pelo Paraná. Na última semana, a maioria dos sindicatos suspendeu a paralisação, mas manteve o estado de greve para o caso de haver descumprimento do governo nas propostas acertadas.