A Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) decidiram nesta quarta-feira (18) suspender a greve que estava em vigor nas instituições havia mais de um mês. O retorno das aulas está marcado para ocorrer na próxima segunda-feira (23). As duas instituições optaram, assim como as outras universidades estaduais, a manter o estado de greve. O dispositivo permite que em caso de descumprimento dos acordos firmados com o governo, os sindicatos possam retomar a greve imediatamente.
Os estudantes de outras cinco universidades estaduais já voltaram às aulas nessa semana. Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e na Universidade Estadual do Paraná (Unespar) o reinício das aulas ocorreu na segunda-feira (16). Na terça-feira foi a vez dos estudantes da Unicentro voltarem para a faculdade. E na quarta-feira (18) os alunos da Unioeste retomaram o ano letivo.
As greves das universidades estaduais começaram em datas diferentes, mas com pautas em comum. A paralisação teve início nos primeiros dias de fevereiro, quando os professores das escolas estaduais também entraram em greve. Um pacote de medidas de austeridade proposto pelo governo Beto Richa (PSDB) acabava com uma série de avanços e conquistas obtidas pelos servidores da educação no estado. A mudança mais polêmica era com relação a alteração na Paranaprevidência, fundo que administra as aposentadorias de professores e funcionários da educação no estado.
As greves, tanto dos professores do ensino fundamental e médio quando os do ensino superior, se arrastou por cerca de 30 dias. O acordo só foi possível depois de o governo do estado ter retrocedido em várias medidas do pacote de austeridade, entre eles a proposta inicial de mudança na Paranaprevidência. Em relação à greve das universidades, também houve a retirada de um projeto de discussão de mudança na autonomia das instituições superiores administradas pelo Paraná. Na semana retrasada, a maioria dos sindicatos suspendeu a paralisação, mas manteve o estado de greve para o caso de haver descumprimento do governo nas propostas acertadas, assim como fez a UEL e a UENP nesta quarta.