
Computador e ar exigem lubrificação dos olhos
No ambiente de trabalho, os principais vilões são o ar-condicionado e o computador. O primeiro resseca ainda mais o ar e o segundo faz com que o usuário pisque cerca de metade das vezes que piscaria normalmente, levando à síndrome do olho seco.De acordo com o oftalmologista do Hospital de Olhos, Ezequiel Portella, além da ingestão de água, a principal arma conta o tempo seco é o colírio lubrificante, de lágrimas artificiais. "Se a pessoa tiver um aberto há menos de 30 dias, pode usar dentro da bolsa ou na gaveta do escritório. Se tiver há mais tempo não deve ser usado, porque, provavelmente, estará contaminado. Fora a questão da validade, o colírio lubrificante não tem qualquer contra-indicação".Quem apresentar um quadro de alergia, com coceira e sensação de olho pesado, arranhando, deve procurar o médico. "Nesses casos serão necessários outros medicamentos, como corticóides", lembra Portella. (FZM)
Desde domingo, quando a umidade relativa do ar começou a ficar abaixo dos 30% em Curitiba e região e chegou aos críticos 18% em cidades como Maringá e Cianorte, três dos seis pronto-atendimentos pediátricos que funcionam em hospitais da capital têm visto sua demanda aumentar: 30% no Hospital Evangélico, 28% no Vita Curitiba e 61% no Hospital Pequeno Príncipe só na segunda-feira foram 505 crianças, contra 179 no mesmo dia do ano passado.
Nas unidades de saúde básica, o movimento é normal. Ainda na semana passada, quando o tempo começou a ficar seco em Curitiba e região, os problemas respiratórios representaram 21% (14.763) dos 69.799 atendimentos, índice que, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, não representa aumento de demanda de atendimento.
Segundo os médicos, as crianças não são mais ou menos afetadas pelo tempo seco do que os adultos e a busca maior por atendimento se reflete apenas na preocupação dos pais. "Com a baixa umidade do ar, as mucosas dos olhos, boca e nariz ficam mais secas e, naturalmente, inflamam, ficando mais vulneráveis à contaminação por bactérias e/ou vírus", explica o pneumologista do Hospital Pequeno Príncipe Paulo Kussek. "Quem já tem alguma doença alérgica crônica como rinite, algo que corresponde a cerca de 25% da população brasileira, pode ver o quadro se agravar. Nesse caso, o ideal é buscar o médico de confiança e seguir as indicações de sempre". Esse é o caso de Anna Júlia, de 2 meses de idade, e Marcel Vinícius, de 1 ano, que foram até o pronto-atendimento do Pequeno Príncipe na tarde de ontem. Anna Júlia já estava gripada antes do início do tempo seco, mas os pais, Cleverson Vieira Cardoso e Helena dos Santos Lauton, viram a situação piorar a partir de domingo, quando a menina passou a ter mais tosse e dificuldade para respirar. "Trouxemos ela para uma nova avaliação e inalação para melhorar a respiração", conta o pai.Marcel está com uma otite e o peito carregado, desde a semana passada. "Ele está com muita dificuldade de respirar, por isso decide trazer ele hoje para fazer inalação", conta a mãe, Carol WechorKowski.
Prevenção
O pneumologista infantil do Vita Curitiba, Carlos Roberto Massignan, lembra que a melhor medida de prevenção é a ingestão de líquidos. "O uso tópico de soro fisiológico ou a colocação de toalhas molhadas no ambiente ajudam, mas o fundamental mesmo é a ingestão de água. Com isso, o organismo se adequa, naturalmente". Ele também faz um alerta para um grupo especial de crianças: filhas de pais fumantes. Se, normalmente, o fumo passivo já faz mal, nesta época do ano é imperativo que os pais evitem o cigarro perto dos filhos.
Alerta
A umidade relativa do ar em Curitiba chegou a 23,3% por volta das 15 horas de ontem, quase no mesmo instante em que a temperatura alcançava o pico de 30,4°C. Com exceção do litoral, praticamente todo o estado teve umidade relativa do ar inferior a 30%, considerado como estado de atenção pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas, em algumas estações, o nível chegou ao grau de alerta -- inferior a 20%
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