Os donos de concessionárias de pedágio no Paraná poderão ser responsabilizados criminalmente por abusarem dos preços cobrados dos motoristas que circulam pelas rodovias estaduais. Caberá ao Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) investigar os aumentos abusivos.
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, nesta quinta-feira (1), o secretário da Segurança Pública do estado, Luiz Fernando Delazari, determinou que o Nurce instaure inquérito policial para investigar se os aumentos abusivos praticados pelas concessionárias podem ser caracterizados crimes contra a ordem econômica.
"As tarifas abusivas afetam, em cadeia, toda a economia do Paraná. É praticamente um roubo que afeta o agricultor, o caminhoneiro, o consumidor final. É caso de polícia", disse o secretário.
Conforme o delegado Sérgio Sirino, que coordena o Nurce no Paraná, se detectado o crime, os responsáveis pelas concessionárias de pedágio serão indiciados e podem ser condenados criminalmente a cumprirem pena de um a quatro anos de detenção e pagamento de multa.
ABCR
O diretor da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, classificou, no início da noite desta quinta-feira, como uma atitude política eleitoral do Governo do estado, a instauração de um inquérito policial para investigar se os aumentos praticados pelas concessionárias de pedágio no Paraná são abusivos. (Clique e leia a resposta completa)
Faturamento
O governador Roberto Requião, em um pronunciamento na terça-feira, lembrou que as concessionárias devem faturar neste ano R$ 640 milhões sem executar nenhuma nova obra, apenas mantendo a malha viária.
Reajustes
Nesta quinta-feira as tarifas de quatro praças de pedágio de responsabilidade da Caminhos do Paraná, foram reajustadas. Os motoristas com carros de passeio pagam R$ 5,20 nas praças de Irati (da BR-277) e Imbituva (BR-373), e R$ 5,90 nas praças de Prudentópolis (BR-277) e Porto Amazonas (BR-277).
O valor da tarifa na praça de pedágio da Lapa (BR-277), na região metropolitana de Curitiba, foi mantido em R$ 4,10 nesta quinta-feira, obedecendo à liminar judicial que impede o aumento em 42,86%. Porém, a concessionária Caminhos do Paraná, que administra o trecho, vai recorrer da decisão.
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