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Estradas

Aumento do pedágio já vale em todo o PR

Veja que concessionárias confirmaram o direito de reajustar o pedágio |
Veja que concessionárias confirmaram o direito de reajustar o pedágio (Foto: )

As duas concessionárias que ainda não haviam reajustado as tarifas do pedágio nas estradas paranaenses tiveram o aumento liberado ontem à tarde pela Justiça Federal. Econorte e Rodonorte obtiveram liminares que permitiram o aumento desde a zero hora de hoje. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que negou o aumento no último dia 23, o governo estadual vai recorrer da decisão em instâncias superiores. Em todo o Paraná, o aumento médio é de 1,5%.

Rodonorte e Econorte ingressaram com o pedido de liminar na tarde de segunda-feira. Ecovia, Ecocataratas, Caminhos do Paraná e Viapar recorreram à Justiça na semana passada e já haviam obtido permissão para reajustar os preços e ontem já operavam com novas tarifas. Segundo o governo do estado, nenhum pedido de reajuste será liberado. A assessoria do DER informou que, como há muitas discussões na Justiça, o governo não vai liberar aumentos enquanto não houver uma decisão definitiva. O DER entende que tarifas abusivas dificultam o desenvolvimento da economia estadual.

Para a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias do Paraná e de Santa Catarina (ABCR-PR/SC), a disputa entre governo e concessionárias irá trazer, no futuro, prejuízos para os usuários das rodovias. "Todas as medidas que vêm sendo tomadas, de caráter político e que não contemplam o contrato, geram desequilíbrio na arrecadação", disse o diretor regional da ABCR, João Chiminazzo Ne­­to. Segundo ele, o efeito do atraso nos reajustes deverá aparecer futuramente, na conta do reequilíbrio financeiro realizado pelas empresas. "Todos os anos tivemos esse ti­­po de medida, e elas serão todas inseridas no reequilíbrio financeiro. Ou seja, alguém vai ter de pa­­gar essa conta", afirmou Chimi­­nazzo, que elenca ainda os protestos do Movimentos dos Trabalha­­dores Rurais Sem Terra (MST) e outras paralisações.

Segundo a ABCR, não há um levantamento atualizado sobre o que poderia ter sido arrecadado caso as cobranças e reajustes tivessem sido realizados sem nenhum tipo de impedimento. "São valores que vêm se represando", observou Chiminazzo. A última vez em que os valores "represados" foram incluídos na tarifa foi em 2002. Em data ainda não definida, deverá haver uma nova negociação com o governo sobre como repassar os prejuízos alegados pelas concessionárias.

Na estrada

No primeiro dia de reajuste na maioria das praças de pedágio, nenhum incidente foi registrado pelas concessionárias. O valor au­­mentou de 10 a 20 centavos, de­­pendendo da praça. Segundo a ABCR, foi o menor reajuste em to­­da a história do Anel de Integração.

Mesmo sendo considerado pe­­queno pelas empresas, o aumento incomodou os usuários. "O au­­mento não é grande, mas somando tudo o que a gente tem de passar, acaba saindo caro", comentou Hevica Nascimento, que pagou com o marido R$ 6,70 para passar pelo pedágio em Imbituva. "Para a gente que viaja bastante, se for analisar, fica complicado. Por que o preço que a gente paga aqui não podemos repassar para a nossa mercadoria?", questionou o representante comercial Paulo Gutoski.

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