Uma reunião com representantes dos comandos das polícias Civil e Militar, além do Ministério Público (MP) e do Poder Judiciário, está marcada para terça-feira (28) em Londrina. Na pauta do encontro está a discussão de possíveis medidas para desafogar a crítica situação carcerária na cidade. A decisão foi tomada no dia seguinte à uma das maiores fugas de presos já registradas em Londrina: na noite de domingo (26), 64 detentos escaparam do 4º Distrito Policial (DP).
Sesp sugere tornozeleiras e celas modulares para retirar presos de delegacias
Pasta é cobrada pelo Ministério Público para que se esvaziem as carceragens dos distritos policiais de Curitiba.
16 estados e o DF devolvem à União dinheiro para construção de presídios
A maior parte do dinheiro dos contratos cancelados era federal, segundo dados do Ministério da Justiça
Leia a matéria completa“Não dá para ficar em um Distrito Policial com 115 presos”, desabafou o delegado-chefe de Londrina, Sebastião Ramos dos Santos Neto, se referindo às condições do palco da fuga. O espaço, projetado para abrigar 24 detentos, precisava ficar com as grades das celas abertas para que os presos se acomodassem também nos corredores. E mesmo após a fuga e a destruição de parte das estruturas internas, o 4º DP foi o destino dos 29 recapturados. “Estão lá porque não tem outro lugar para eles ficarem”, lamentou o delegado.
A mudança do Centro Integrado de Triagem (CIT) da sede da 10ª Subdivisão Policial para o prédio que hoje abriga o 4º DP é uma das medidas propostas pelo delegado-chefe de Londrina para tentar melhorar a situação carcerária na cidade. O plantão, que hoje é realizado no prédio da Rua Sergipe, também deve ser transferido para a Avenida Dez de Dezembro. Para tanto, a sede administrativa do distrito deve ser transferida.
“Isso não é uma solução definitiva. Mas com essa mudança, haverá um reforço no número de agentes carcerários por causa da movimentação constante de viaturas. Pelo menos de início esta é uma solução possível, que vai amenizar um pouco esse problema”, avaliou Santos Neto.
O aumento no número de tornozeleiras eletrônicas também foi sugerido pelo delegado-chefe durante a entrevista coletiva da manhã desta segunda-feira (27). Para ele, a medida permitiria a diminuição do número de detentos nas carceragens e também o risco de fugas. “O preso com esse equipamento pode até voltar a cometer algum crime, mas nossas observações mostram que eles não conseguem fugir da comarca onde praticaram o crime que os levou à prisão”, disse.
De acordo com o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) de Londrina, Katsujo Nakadomari, a aplicação das tornozeleiras eletrônicas é diferente para os presos condenados e os provisórios. No primeiro caso, cabe à VEP decidir se o detento pode ou não usar o equipamento. Para os segundos, o juiz da vara que determinou a prisão é quem diz se o uso da tornozeleiras está ou não autorizado.
Hoje, 750 presos provisórios aguardam julgamento nas carceragens em Londrina. Destes, 40% estão na Unidade I da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL I). “Eles não deveriam estar lá e sim nos distritos”, explicou Nakadomari. “Mas em razão das situações em que se encontram os distritos, eu sou obrigado a recepcioná-los na PEL para que a coisa não fique ainda pior.”
O aumento no uso dos equipamentos de monitoramento remoto é considerado um paliativo para o juiz. Para desafogar o sistema carcerário em Londrina, segundo Nakadomari, seria necessária a construção de uma casa de custódia com pelo menos 300 novas vagas. “Com 400 novas vagas isso certamente resolveria o problema de Londrina”, disse o juiz.
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Premiê de Assad concorda em entregar poder a rebeldes da Síria
EUA alertam que Estado Islâmico pode tentar “tirar vantagem” da situação na Síria
Segurança pública de São Paulo enaltece recorde histórico de redução de crimes
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora