O policial federal Newton Ishii, conhecido como Japonês da Federal, participou nesta sexta-feira (25) em Curitiba da reintegração de posse do prédio da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR). O Japonês da Federal ficou famoso por aparecer nas fotos ao lado dos principais presos da Operação Lava Jato, como Marcelo Odebrecht e José Dirceu. Nesse ano ele foi preso e precisou usar uma tornozeleira eletrônica por quatro meses, resultado de uma condenação em um processo de contrabando.
O caso ocorreu em 2003, quando Ishii foi detido com outros cinco agentes em uma operação de facilitação. Na época, ele ficou quatro meses detido. Seis anos depois, foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão. O Japonês da Federal recorreu da decisão judicial em liberdade. Ele foi preso no dia 7 de junho junto de outros 19 policiais. Ishii cumpria pena no regime semiaberto harmonizado. Entre junho (quando foi condenado) e outubro, ele foi obrigado a ficar em casa entre 23h e 5h durante a semana e não podia sair nos fins de semana.
Mesmo com a condenação, ele continuou trabalhando na PF do Paraná, o que o ajudou a reduzir a pena. Por lei, cada três dias trabalhados significam um dia a menos de pena. A tornozeleira não impediu Ishii de realizar escolta de presos, como a do pecuarista José Carlos Bumlai, que voltou à prisão em agosto após um período em prisão domiciliar.
Fama e polêmicas
Na esteira do sucesso, o Japonês virou marchinha de carnaval, máscara para folia e protestos e até mesmo boneco gigante de Olinda, no Recife. Ishii também foi sondado por partidos políticos para uma eventual candidatura nas eleições de 2016, mas disse não ter interesse, por enquanto.
Em janeiro deste ano, a Polícia Federal passou a utilizá-lo em mais operações. Segundo fontes da instituição, a intenção seria de que sua imagem fosse associada a um chamariz contra a corrupção. Em fevereiro, ele visitou a Câmara dos Deputados, sendo tietado por parlamentares para fotos.
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