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Habilitação

Autoescolas são reticentes quanto a simuladores

Simulador de direção custa entre R$ 35 mil e R$ 45 mil, o preço de um carro novo | Divulgação
Simulador de direção custa entre R$ 35 mil e R$ 45 mil, o preço de um carro novo (Foto: Divulgação)

A dois meses do novo prazo estipulado pelo Conselho Nacional de Trân­sito (Contran) para que as autoescolas utilizem simuladores de direção na formação de condutores, a Federação Nacional da categoria (Fenauto) continua recomendando cautela na aquisição do equipamento. Fixado inicialmente em 30 de junho, o prazo foi prorrogado para 31 de dezembro, para que mais duas empresas homologadas pudessem se juntar à única existente na ocasião.

Para a Fenauto, no entanto, os três fabricantes homologados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) – Pró Simulador, Real Drive e Real Simuladores – não devem dar conta de atender à demanda dos 11,4 mil Centros de Formação de Condutores. "Se isso ocorrer, pediremos nova prorrogação. Nossa recomendação sempre é no sentido de cautela, que ainda não se efetive a compra ou locação até que mais empresas entrem no cenário comercial", detalha Magnelson Carlos de Souza, presidente da Fenauto. Segundo ele, um quarto fabricante, do Paraná, deve receber a homologação nos próximos dias.

Souza ressalta que o questionamento não é sobre a efetividade dos simuladores no processo de aprendizagem. "É um avanço tecnológico que pode mudar o comportamento do condutor. Funciona como um intermediário entre aulas teóricas e práticas."

Apesar da resistência das autoescolas, uma nota divulgada no site do Denatran afirma que "o projeto de uso dos simuladores de direção veicular na formação do condutor é irrevogável, entretanto, sua implantação deve respeitar critérios de razoabilidade."

Descumprimento

O presidente do Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores do Paraná, Justino Rodrigues da Fonseca, recorda que outras resoluções "mais importantes" do Denatran ainda não são cumpridas na íntegra. "A implantação do sistema biométrico a partir de 2008 também era irrevogável, mas existem muitos estados que ainda não têm este sistema implantado. Ele também admite uma articulação para que haja nova prorrogação no prazo de cobrança dos simuladores.

Fonseca acrescenta que não tem conhecimento se alguma das 900 autoescolas do estado já conta com o equipamento. Para ele, quanto mais empresas homologadas entrarem no mercado, melhor.

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