O carnaval na capital da Bahia está garantido, segundo a Empresa Salvador Turismo (Saltur), independentemente do encerramento ou não da greve da PM até lá. A Secretaria de Segurança Pública espera ainda ver que rumo tomará o movimento grevista para decidir as medidas a tomar.
Fernando Bulhosa, presidente do Conselho Municipal do Carnaval e da Associação de Blocos de Trios (ABT), afirma que o carnaval vai acontecer e que as pessoas vão brincar com segurança: "Com a garantia dada pelo governo do estado e com a declaração do ministro da Justiça (José Eduardo Cardozo) de que, se preciso vai trazer mais homens do Exército e da Força de Segurança Nacional, a sensação de segurança é muito grande" .
Apesar de artistas, como Carlinhos Brown, já terem declarado que não desfilam se não houver segurança, Bulhosa se mostra tranquilo em relação à festa: "Não vai ser uma greve que vai terminar com o sonho de 200 mil pessoas que estão trabalhando no carnaval e de 1,5 milhão que vai brincar.
O diretor da Central do Carnaval, empresa que revende 27 blocos e 12 camarotes, Joaquim Nery, disse que após a desocupação da Assembleia Legislativa e a prisão de Marco Prisco já sentiu uma melhora nas vendas.
"Ainda não posso mensurar quanto, mas o movimento presencial nas lojas já aumentou. Hoje (quinta-feira), também voltou a ter venda de pacotes de hospedagem, coisa que não vinha acontecendo", comemorou.
De qualquer maneira, pela primeira vez em 20 anos o carnaval de Salvador não deverá ter lotação completa na rede hoteleira. Para o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte, Silvio Pessoa, a procura abaixo do esperado se deve ao "terrorismo" dos grevistas.
"Em épocas anteriores, nessa altura já estaria tudo vendido. Agora, temos 3 mil camas em aberto das 35 mil vagas que temos. Daqui até o Carnaval podemos ter um aquecimento, mas vamos ter vagas em aberto. Não dá para negar", afirmou.
No ano passado, cerca de 600 mil turistas passaram por Salvador no carnaval. O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem na Bahia (Abav-BA), Pedro Galvão, confirma que a paralisação foi prejudicial.
"Antes de tudo isso, esperávamos trazer mais gente do que no carnaval do ano passado. Isso não vai mais acontecer", afirma.
Segundo ele, muitas reservas em hotéis da cidade foram canceladas de quinta-feira da semana passada até esta quinta-feira, mas o maior prejuízo teria ficado com bares e restaurantes.
De acordo com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, o prejuízo na cidade é de R$ 400 milhões.
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