A madeireira Araupel já obteve na Justiça Estadual duas reintegrações de posse referentes aos acampamentos do MST instalados hoje na região, o Herdeiros da Luta, em Pinhal Ralo, e o Dom Tomás Balduíno, em Rio das Cobras. Na prática, contudo, a empresa ainda não conseguiu recuperar suas áreas. Para o diretor da empresa, Tarso Giacomet, as atitudes das autoridades federais e estaduais “têm sido permissivas”. “Eles não cumprem a reintegração de posse. Pelo contrário, estimulam os invasores, que passam a receber bolsa-família, bolsa-verde. Nenhuma atitude é tomada. Hoje, os grandes latifundiários na região são eles, o MST”, critica.

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“Balcão de negócios”

Para a Araupel, o assentamento Celso Furtado se tornou “um balcão de negócios”, devido à venda ilegal de loteamentos. “Tem lideranças políticas com cinco, seis lotes. Gente vendendo lote a R$ 120 mil. Isso tudo sob um olhar complacente do Incra. É evidente que no meio disso tudo há gente boa e trabalhadora, mas eles estão servindo de massa de manobra”, afirma Tarso Giacomet, diretor da madeireira. O Incra admite que há casos de loteamentos irregulares, quando há compra e venda de áreas ou permuta sem autorização, mas reforça que se trata de um número pequeno e que está sendo identificado. Hoje, existem 15 ações judiciais de reintegração de posse. O superintendente do Incra no Paraná, Milton Guedes, explica ainda que o órgão permite “parcerias” dentro do assentamento, como acontece em 142 lotes. “No geral, são pessoas que já perderam a força de trabalho. Dos mais de 4 mil moradores do Celso Furtado, 815 já estão aposentados”, destaca ele.

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Para a Araupel, o assentamento Celso Furtado se tornou “um balcão de negócios”, devido à venda ilegal de loteamentos. “Tem lideranças políticas com cinco, seis lotes. Gente vendendo lote a R$ 120 mil. Isso tudo sob um olhar complacente do Incra. É evidente que no meio disso tudo há gente boa e trabalhadora, mas eles estão servindo de massa de manobra”, afirma Giacomet.

O Incra admite que há casos de loteamentos irregulares, quando há compra e venda de áreas ou permuta sem autorização, mas reforça que se trata de um número pequeno e que está sendo identificado. Hoje, existem 15 ações judiciais de reintegração de posse. O superintendente do Incra no Paraná, Milton Guedes, explica ainda que o órgão permite “parcerias” dentro do assentamento, como acontece em 142 lotes. “No geral, são pessoas que já perderam a força de trabalho. Dos mais de 4 mil moradores do Celso Furtado, 815 já estão aposentados”, destaca ele.

Hamilton Seriguelli, secretário especial para Assuntos Fundiários, afirma que o governo estadual tenta “achar soluções pacíficas”. “Tempo jurídico é diferente do tempo político. Não temos que ir para o conflito, nem pela empresa, nem pelo MST. Temos que ter cautela”, declarou. O Incra também refuta a visão da empresa. “Nós não organizamos acampamentos. Nossa atuação é preventiva. Ou seja, para evitar conflitos agrários, nós vamos em busca de soluções. E quando as pessoas já estão lá, vivendo, precisamos dar condições mínimas”, diz o superintendente do órgão no Paraná, Nilton Guedes.

A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) na tentativa de obter uma entrevista sobre a questão das reintegrações de posse e também sobre a troca de acusações entre trabalhadores rurais e a Araupel, mas a assessoria de imprensa da pasta enviou apenas uma nota, na qual informa que o governo estadual tem promovido reuniões entre as partes envolvidas em busca de “um entendimento para a desocupação pacífica da área”. Ainda de acordo com a nota, a preocupação da Sesp é “com a manutenção da segurança e da ordem nos locais de assentamento” e nas cidades.

Ocupações no Paraná

Dados do Incra apontam que mais de 70 áreas no Paraná, o equivalente a um total de cerca de 50 mil hectares, estão hoje ocupadas irregularmente. Todas as áreas, segundo o órgão, estão em processo de negociação.

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