Via Calma
Rua com mais atropelamentos, a Avenida Sete de Setembro passou a ser a primeira Via Calma de Curitiba desde o dia 21 de julho deste ano. Com isso, 6,3 quilômetros da avenida passaram a ter, além da canaleta de biarticulados, ciclofaixas e velocidade máxima para automóveis fixada em 30 km/h no trecho que vai da Rua Mariano Torres a Praça do Japão. A mudança pode ser indicativo de redução nos números de atropelamentos na avenida.
A Avenida Sete de Setembro, que separa bairros movimentados de Curitiba, como Centro, Rebouças, Água Verde e Batel, é a campeã no número de atropelamentos no primeiro semestre de 2014. Dados divulgados pela Polícia Militar mostram que a avenida teve 17 dos 370 casos entre janeiro e junho deste ano. Outras duas vias com canaletas aparecem na sequência em segundo e terceiro lugares.
Os números apontam que na Avenida Marechal Floriano foram 13 atropelamentos, enquanto a Avenida República Argentina teve nove acidentes do mesmo tipo. Os dados foram divulgados pela PM nesta sexta-feira (8), quando é comemorado o Dia Internacional do Pedestre.
De acordo com a polícia, houve, em Curitiba, aumento de 5,1% nos casos de atropelamentos de pedestres nos seis primeiros meses de 2014, na comparação com o mesmo período de 2013. Enquanto foram 352 atropelamentos no primeiro semestre do ano passado, neste ano o índice aumentou para 370 no mesmo período.
O número de mortes de pedestres no trânsito manteve-se em cinco em ambos os períodos, enquanto mais pessoas ficaram feridas. De janeiro a junho de 2014 foram 377 pessoas feridas, número 9,2% maior do que os 345 pedestres atingidos por veículos no mesmo período do ano passado (o número de pessoas mortas é feridas é mais alto do que o de acidentes porque mais de uma pessoa pode ter sido atropelada no mesmo caso).
Imprudência
Segundo o tenente Ismael Veiga, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), o fluxo de veículos e pedestres nas avenidas com canaletas e em outras com grande movimento de pessoas, como é o caso da Avenida Visconde de Guarapuava, explica, em partes, o alto índice de casos nessas vias. Entretanto, imprudências de pedestres e motoristas colaboram para os altos índices de atropelamentos.
De acordo com o tenente, por parte de quem anda a pé nas ruas a falta de atenção e cuidado passa por dois motivos: pessoas que não utilizam a faixa de pedestres para atravessar a rua e o uso de celulares e smartphones enquanto caminham. "As pessoas muitas vezes estão preocupadas com mensagens para mandar e ouvindo músicas. O celular não é vilão só dos motoristas, mas dos pedestres também", diz Veiga.
Os motoristas, segundo o tenente, ainda cometem imprudências ao não respeitarem ou cuidarem dos pedestres nas avenidas. "O motorista não deve correr nas vias enquanto os pedestres atravessam, mesmo que eles não estejam nas faixas de pedestres. Se a pessoa iniciou a travessia, o motorista deve esperar, mesmo que o sinal esteja aberto para os carros", explica.
Quanto ao aumento que ocorreu no primeiro semestre, Veiga diz que isso se explica por causa do alto índice de pessoas nas ruas de Curitiba neste período, índice impulsionado pela Copa do Mundo. "Esperamos que isso se normalize no segundo semestre."
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