Maringá - A partir do próximo ano, a Avenida Brasil, principal via de Maringá, vai passar por uma transformação completa. Um projeto conduzido por um comitê que envolve as principais secretarias do município pretende melhorar o trânsito no local, estabelecendo fluxo de mão única na via, ampliando as calçadas que a cercam e criando uma faixa preferencial para ônibus, além de eliminar o estacionamento central. Outro projeto, este do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), busca revitalizar a região central para alavancar o consumo no local.
No primeiro projeto, a execução deve ser feita em duas etapas, informa a Secretaria de Planejamento. A primeira compreende o trecho entre as praças Rocha Pombo e José Bonifácio. A outra contempla o restante da avenida. A principal mudança é a transformação da via, hoje de mão dupla, em um binário, em conjunto com a Avenida Mauá. A Brasil, assim, terá fluxo único no sentido da rodoviária e a Mauá, no sentido contrário.
O estacionamento central, conhecido como "espinha de peixe", será retirado, por ser considerado um dos responsáveis pela lentidão do trânsito na região. "Os motoristas ficam procurando estacionamento e atrapalham o fluxo, sem contar os acidentes que acontecem na entrada ou saída dos carros", afirma Patrícia Minari Purpur, engenheira civil da Secretaria do Planejamento.
No lugar do estacionamento serão instalados canteiros e estações de ônibus o primeiro trecho deve ter quatro estações.
O projeto para a reforma da Avenida Brasil está estimado em US$ 9,4 milhões. Cerca de 85% serão financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o restante será custeado com recursos do município. O financiamento do BID ainda não está em vigor. O projeto já foi aprovado pelo banco e pela Câmara Municipal de Maringá e aguarda apreciação no Senado Federal. Depois de aprovado, o projeto de reforma da Avenida Brasil deve entrar na fase de licitações, para então ser executado. As obras devem acontecer em 2010.
Comércio
Já o Codem pretende revitalizar a área central da cidade, incluindo a Avenida Brasil, com melhorias no comércio da região. O projeto é desenvolvido de forma paralela e independente em relação ao da prefeitura e pretende criar um "shopping a céu aberto", com reforma de fachadas, implantação de um sistema diferenciado de coleta de lixo e contratação de manobristas e seguranças particulares.
As mudanças dividem as opiniões dos comerciantes que trabalham na região. Emerson Yaedu, gerente de uma loja de roupas infantis, acredita que o fim do estacionamento central pode prejudicar o comércio da região. "O maringaense não tem costume de andar a pé. Ele quer parar em frente à loja e, sem esse estacionamento, podemos nos prejudicar, a não ser que as pessoas mudem de hábito", diz. Já para Ana Paula Cavalvante, a retirada do estacionamento é positiva. "Acontecem muitos acidentes por causa dessas escamas. É bom mesmo que elas saiam daqui", afirma.
O professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e especialista em trânsito Hélio Hideki Arita vê alguns problemas no projeto de reforma da avenida. "O que se discute na cidade está cada vez mais ligado ao automóvel: binários e avenidas. Assim, em breve, vai faltar espaço viário para tantos carros. É preciso sempre tentar melhorar o transporte público", analisa.
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